No cenário financeiro brasileiro, o consórcio como estratégia de aumento patrimonial vem se consolidando como uma opção inteligente e acessível para quem deseja crescer financeiramente de forma segura e planejada. Diferente do financiamento tradicional, o consórcio oferece vantagens como ausência de juros e flexibilidade no pagamento, tornando-se uma alternativa cada vez mais atraente para investidores e consumidores.

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O que é o consórcio e como ele funciona?

O consórcio é uma modalidade de compra coletiva que funciona como uma espécie de “poupança em grupo”. Um conjunto de pessoas se une para contribuir mensalmente com um valor que forma um fundo comum. Esse fundo é utilizado para contemplar os participantes, que recebem uma carta de crédito para adquirir bens como imóveis, veículos ou serviços.

Segundo Anderson Amorim, CFP ®, gestor da filial de Santo André da InvestSmart.XP, o consórcio destaca-se pela ausência de juros e pela possibilidade de utilizar o lance embutido, um recurso que permite usar parte do valor da própria carta de crédito para acelerar a contemplação. “Essa flexibilidade torna o consórcio uma ferramenta poderosa para quem busca alavancar seu patrimônio com menor custo financeiro”, afirma.

Por que o consórcio é uma estratégia eficiente para aumentar patrimônio?

Uma das maiores vantagens do consórcio é a ausência de juros, ao contrário dos financiamentos convencionais, cujas taxas podem comprometer significativamente o orçamento. No consórcio, existe apenas a taxa de administração, diluída ao longo do prazo e, geralmente, muito menor do que os juros cobrados em financiamentos. Além disso, a carta de crédito contemplada permite a compra à vista, o que possibilita negociações mais vantajosas e descontos com vendedores.

O consórcio também se adapta a diferentes perfis financeiros, com planos e prazos variados que facilitam o planejamento. Outro ponto importante é a correção do valor da carta de crédito por índices como INCC ou IPCA, que protege o poder de compra contra a inflação ao longo do tempo.

Como usar o consórcio para alavancar patrimônio?

Anderson Amorim, CFP ®, destaca três estratégias que ilustram como o consórcio pode ser usado para construir patrimônio de forma eficiente:

Pagar as parcelas com os rendimentos da carteira de investimentos: ao invés de resgatar o capital investido para comprar um bem à vista ou recorrer a financiamentos, o investidor pode utilizar os rendimentos de uma carteira aplicada na taxa Selic para pagar as parcelas do consórcio. Isso mantém o patrimônio investido e rendendo enquanto o consórcio trabalha para contemplar o bem desejado.

Exemplo 1: A Carta de Crédito Paga pelos Seus Investimentos

Imagine hoje sua carteira de investimentos com um rendimento da taxa Selic de 15% ao ano, em vez de resgatar esse capital para uma compra à vista ou se endividar com um financiamento, você decide entrar em um consórcio.

A estratégia aqui é simples e genial: utilizar os rendimentos gerados pela sua carteira de investimentos para pagar as parcelas do consórcio. Dessa forma, seu capital principal permanece intocado e continua a render, enquanto o consórcio trabalha para você, construindo um novo patrimônio. Ao ser contemplado, você adquire o bem desejado (um imóvel, por exemplo).

Um exemplo de uma carta de R$ 500 mil reais que tenha um custo mensal de R$ 1.800,00 e com esse mesmo valor de R$ 500 mil investido rendendo 15% ao ano, de um modo simples, proporcionasse um rendimento de aproximadamente R$ 6.500,00 por mês. Nesse cenário, seria possível utilizar parte desse rendimento para pagar tranquilamente a parcela de R$ 1.800,00, mantendo o restante como lucro ou reinvestimento. Assim, a estratégia se mostra eficaz e inteligente, fazendo com que o rendimento do seu patrimônio trabalhe para você.

Exemplo 2: O Imóvel que paga o Próprio Consórcio

Outra estratégia poderosa, especialmente no mercado imobiliário, é a aquisição de um imóvel para locação. Suponha que você seja contemplado em um consórcio imobiliário. Com a carta de crédito em mãos, você compra um imóvel e o coloca para alugar.

O fluxo de aluguel gerado por esse imóvel passa a ser a fonte de recursos para o pagamento das parcelas restantes do seu consórcio. Essa é uma forma clássica de alavancagem: você utiliza um ativo (o imóvel) para gerar renda que quita a dívida do consórcio, enquanto o imóvel em si se valoriza e se torna um patrimônio líquido.

Em muitos casos, o valor do aluguel pode cobrir integralmente ou a maior parte da parcela, tornando a aquisição do bem praticamente autossustentável. Ao final do consórcio, você terá um imóvel quitado, gerando renda passiva e com potencial de valorização, tudo isso com um investimento inicial relativamente baixo.

Exemplo 3: A Venda da Carta Contemplada: Liquidez e Oportunidade

Embora o objetivo principal do consórcio seja a aquisição de um bem, a flexibilidade do sistema permite outras manobras estratégicas. Uma delas é a possibilidade de ser contemplado no curto prazo e, se as circunstâncias mudarem ou surgir uma oportunidade mais interessante, vender a carta de crédito contemplada.

O mercado de cartas contempladas é aquecido, pois oferece a compradores a vantagem de ter acesso imediato ao crédito, sem a necessidade de esperar pela contemplação. Para o vendedor, essa operação pode gerar um lucro imediato, especialmente se a contemplação ocorreu de forma rápida e com um baixo número de parcelas pagas.

É uma forma de transformar um ativo (a carta de crédito) em liquidez, permitindo que o consorciado realoque seus recursos para outras oportunidades de investimento ou necessidades urgentes. Essa estratégia, embora menos comum, demonstra a versatilidade do consórcio como ferramenta financeira. Em um exemplo meramente ilustrativo imagine que o investidor foi contemplado depois de 12 meses depois de ter adiquirido o consórcio, pagou as 12 parcelas de R$ 1.800,00 com um total de R$ 21.600,00 e faz opção de fazer a venda dessa carta contemplada, ele pode conseguir vender essa carta por um valor que pode chegar a R$ 100.000,00 a depender de alguns fatores, importante dizer que esses valores são hipotéticos e vai depender de condições de mercado e não existe garantia de conseguir exatamente esses valores.

Onde encontrar planos de consórcio e estratégias para antecipar a contemplação?

O mercado oferece diversas administradoras de consórcio com diferentes planos e condições. Algumas delas disponibilizam parcelas reduzidas até a contemplação, o que ajuda a diminuir o impacto financeiro inicial. Além disso, a oferta de lances, seja fixo ou embutido, é a principal forma de acelerar a contemplação e garantir a aquisição antecipada do bem.

Para quem quer entender melhor como o consórcio pode ser usado como estratégia de aumento patrimonial, consultar um assessor de investimentos qualificado, pode ser o caminho ideal para avaliar o perfil e escolher o plano mais adequado.

O Consórcio como estratégia de fazer seu patrimônio trabalhar por você

O consórcio, como demonstram as pesquisas e os exemplos práticos, transcende a simples ideia de uma compra parcelada. Ele se posiciona como uma poderosa ferramenta de planejamento financeiro e, acima de tudo, de alavancagem patrimonial. Sua ausência de juros, a disciplina financeira que impõe, a flexibilidade de uso da carta de crédito e as diversas estratégias de contemplação, incluindo a inovadora parcela reduzida e os lances estratégicos, e o pagamento do custo da carta usando estratégias de rendimento da carteira de investimentos, aluguel do imóvel pagando também os custos da carta e a venda da carta comtemplada – o tornam um caminho seguro e inteligente para quem busca construir um futuro financeiro sólido e alcançar a tão sonhada liberdade financeira e fazer seu patrimônio trabalhar por você. Não é à toa que, para muitos, o consórcio se tornou a estratégia premiada para multiplicar bens e realizar sonhos.

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