Cerca de 500 a 600 sites de apostas sairão do ar nos próximos dias, segundo Haddad
O bloqueio não é realizado pela administração da Fazenda, mas a pasta está oficiando a Anatel para que isso ocorra.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que entre 500 e 600 sites de apostas esportivas serão banidos do país nos próximos dias por não estarem devidamente regulamentados. As declarações foram dadas durante uma entrevista à Rádio CBN.
“A Anatel vai bloquear o acesso a esses sites no espaço brasileiro”, afirmou Haddad, explicando que o bloqueio não é realizado pela administração da Fazenda, mas a pasta está oficiando a Anatel para que isso ocorra. Ele comparou a situação ao bloqueio do X no Brasil, que foi realizado pela Anatel a pedido da Justiça.
Além disso, durante a conversa o ministro também aconselhou que aqueles que têm dinheiro depositado nesses sites solicitem a restituição dos valores, já que podem perdê-los após o banimento.
“Se você tem dinheiro em site de apostas, peça restituição já, você tem direito de ser restituído, peça para exigir o dinheiro que você tem depositado lá”, enfatizou.
Outras medidas
E essa não será a única medida tomada. Haddad mencionou outras iniciativas do governo federal para controlar o uso das “bets” no Brasil. Entre elas, estão a proibição do uso de cartão de crédito e do cartão Bolsa Família nesses sites, além de um maior controle sobre a publicidade do setor, que, segundo Haddad, está “fora de controle”.
Também foi anunciado por ele que, na terça-feira (01), será realizada uma reunião com representantes de entidades de regulação de publicidade para discutir as propagandas das apostas no país. Para o ministro, é fundamental que haja o mesmo cuidado com as propagandas das “bets” que existe em relação à publicidade de cigarros e bebidas alcoólicas.
Por fim, Haddad reiterou durante a entrevista que a regulamentação das apostas deveria ter sido implementada pelo governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que a atual administração está empenhada em resolver a questão.
“Tivemos um período muito ruim em que esses jogos cresceram e sem que o estado interviesse no sentido de proteger a sociedade e cobrando impostos devidos”, finalizou.