CEO do grupo BTG (BPAC11) fala sobre ser vítima de fraude corporativa em caso Americanas (AMER3)
Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual (BPAC11), disse no começo da teleconferência sobre os resultados do banco no quarto trimestre do ano anterior sobre ter sido “vítima de uma fraude corporativa” quanto ao caso Americanas (AMER3). O caso tem sido tratado como um evento que nunca teve recorrência. Na teleconferência, o nome da varejista não […]

Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual (BPAC11), disse no começo da teleconferência sobre os resultados do banco no quarto trimestre do ano anterior sobre ter sido “vítima de uma fraude corporativa” quanto ao caso Americanas (AMER3).
O caso tem sido tratado como um evento que nunca teve recorrência. Na teleconferência, o nome da varejista não foi citado, nem mesmo dentro do balanço e nem na apresentação aos executivos.
Dentro da lista de credores da Americanas, o BTG Pactual tem R$ 3,5 bilhões a receber da empresa em recuperação judicial. Já no balanço divulgado na segunda-feira desta semana (13/02), o banco diz ter feito uma provisão não-recorrente de cerca de R$ 1,2 bilhão.
Com as provisões, o BTG deixou de lucrar R$ 580 milhões no trimestre e o retorno sobre patrimônio (ROAE, na sigla em inglês), que seria de 22%, ficou em 16,7%.
O JP Morgan calcula ainda que o banco BTG provisionou 30% da exposição que possui à dívida da Americanas. Este percentual é semelhante ao provisionado pelo banco Santander (SANB11), mesmo sem confirmação dos valores pela instituição financeira.
O BTG conseguiu ainda, na última semana, o direito de compensar R$ 1,2 bilhão dados como garantia para empréstimos da Americanas. O banco vinha tentando bloquear esses recursos desde 17 de janeiro.
Mais declarações do CEO
“Mesmo se tivermos que fazer provisões adicionais, nosso guidance não muda. Dado o tamanho da nossa carteira e a qualidade dela, estamos tranquilos com nossas projeções”, justificou no evento.
Além disso, também disse: “Avaliamos mensalmente, nome a nome, as provisões na carteira, assim como avaliamos nossas exposições. Consideramos o provisionamento adequado para o cenário que se vislumbra”.
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