A CCR (CCRO3) comunicou, nesta sexta-feira (14), que seu conselho de administração aprovou a emissão de debêntures no valor de R$ 9,4 bilhões, divididas em oito séries. O objetivo é arrecadar fundos para as obras previstas no contrato de concessão da rodovia Presidente Dutra, que conecta São Paulo ao Rio de Janeiro.

As debêntures têm vencimento programado para meados de 2047, com taxas de juros entre 6,90% e 8,58% ao ano, de acordo com a ata da reunião do conselho.

Em 2022, a CCR firmou um contrato de concessão de 30 anos para a Dutra, que também inclui um trecho da Rio-Santos. Conforme os termos do contrato, a concessionária deverá investir R$ 14,8 bilhões nas duas rodovias ao longo do período de concessão.

CCR (CCRO3) registra queda no lucro líquido no 1T24

No primeiro trimestre de 2024, a CCR divulgou uma queda significativa em seu lucro líquido, totalizando R$ 340,9 milhões. Esta cifra representa uma diminuição de 45,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo desafios enfrentados pela empresa em seus diversos segmentos de atuação.

A receita líquida da concessionária de transportes atingiu R$ 3,731 bilhões no 1T24, uma queda de 7,3% em relação ao 1T23, quando foi registrada em R$ 4,025 bilhões. Além disso, o EBITDA do primeiro trimestre deste ano totalizou R$ 1,838 bilhão, representando uma queda de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando atingiu R$ 2,183 bilhões.

No balanço divulgado, a empresa destacou um aumento de 5,8% no tráfego de veículos em seu segmento de rodovias. Esse crescimento foi impulsionado pelo forte fluxo de exportação de açúcar, evidenciando a robustez desse setor dentro da companhia.

Quanto aos aeroportos, houve um crescimento de 7,0% no número de passageiros embarcados. Além disso, observaram-se avanços na estratégia de expansão das operações de varejo nos terminais. Já na mobilidade urbana, registrou-se um aumento de 4,9% na quantidade de clientes. Essa elevação ocorreu devido à retomada das atividades presenciais e à inclusão de duas novas estações na CCR Metrô Bahia.

A queda no lucro líquido e nos demais indicadores financeiros decorre de diversos fatores. Ademais, inclui condições econômicas desafiadoras, impactos da pandemia de COVID-19 e custos operacionais. A empresa deverá buscar estratégias para mitigar esses efeitos, como otimização de custos e investimentos em inovação e eficiência operacional.