Calor intenso leva a novo recorde de consumo de energia no Brasil
A onda de calor no Brasil resultou em um novo recorde histórico no consumo de energia elétrica.
Calor intenso leva a novo recorde de consumo de energia no Brasil
O calor extremo que afeta várias regiões do Brasil tem gerado um aumento significativo no consumo de energia elétrica, resultando em um novo recorde histórico de demanda no Sistema Elétrico Nacional (SIN). Na segunda-feira, 17 de fevereiro, a carga média de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste atingiu 54.599 megawatts (MW), marcando um incremento de 1,1% em relação ao recorde anterior registrado em 22 de janeiro, que foi de 53.997 MW.
O aumento de consumo devido às altas temperaturas
A elevação no consumo de energia está diretamente ligada às altas temperaturas registradas nas últimas semanas. As regiões Sudeste e Centro-Oeste, particularmente o Rio de Janeiro, têm enfrentado picos de calor que superam a média histórica para o período. Este cenário aumenta o uso de aparelhos de ar-condicionado e outros equipamentos de climatização, responsáveis por consumir uma parcela significativa da energia elétrica.
Em várias cidades, o calor tem sido tão intenso que, nesta semana, o Rio de Janeiro alcançou o nível 4 do protocolo municipal de calor extremo pela primeira vez. A cidade registrou 44ºC, a temperatura mais alta desde 2014. A onda de calor também tem afetado o cotidiano das pessoas e gerado preocupações com o aumento da demanda por eletricidade.
Como o calor afeta o consumo de energia no país
Com a elevação das temperaturas, muitos brasileiros têm recorrido mais intensamente a sistemas de refrigeração, como ar-condicionados e ventiladores, para se proteger do calor intenso. O aumento da utilização desses dispositivos impacta diretamente na carga elétrica do país, especialmente em estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde o uso de ar-condicionado é mais comum.
O calor também afeta as indústrias e o setor comercial, que demandam mais energia para manter seus ambientes refrigerados. Isso contribui para o crescimento da demanda durante o dia, especialmente em horários de pico.
O impacto no Sistema Elétrico Nacional (SIN)
Apesar do aumento substancial na demanda de carga, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) assegura que o Sistema Elétrico Nacional (SIN) está operando com segurança e estabilidade. De acordo com o ONS, o sistema tem sido capaz de atender plenamente à crescente demanda de energia, sem comprometer o fornecimento para os consumidores.
“O SIN tem atendido plenamente à crescente demanda de carga, o que demonstra que o sistema elétrico brasileiro é robusto e opera com segurança”, afirmou o ONS em comunicado. Essa capacidade de resposta é uma demonstração da resiliência do sistema, que tem sido capaz de suportar os aumentos de consumo sem prejudicar o abastecimento em nenhuma região do país.
O futuro do consumo de energia no Brasil e os desafios
O aumento constante da demanda por energia elétrica durante períodos de calor intenso coloca desafios adicionais para o setor energético. À medida que as temperaturas aumentam, a tendência é que o uso de energia continue a crescer, o que exige um planejamento estratégico mais robusto por parte das autoridades competentes. O ONS e outras entidades do setor energético precisam trabalhar para garantir que o fornecimento de energia seja sustentável e capaz de atender a essas demandas sem riscos para a estabilidade do sistema.
Além disso, especialistas apontam que a expansão das fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica, pode ser uma solução para mitigar o impacto do consumo elevado durante períodos de calor extremo. A integração dessas fontes ao sistema elétrico nacional pode ajudar a reduzir a dependência de fontes não renováveis e a garantir maior eficiência no atendimento à demanda crescente.