Pessoas próximas ao presidente dos EUA, Joe Biden, disseram nesta quinta-feira ao jornal The New York Times que ele está começando a aceitar a possibilidade de não conseguir vencer Donald Trump e pode considerar desistir da reeleição.

De acordo com quatro fontes próximas ao presidente, a situação política de Biden foi descrita como “extremamente delicada”.

Uma das fontes comentou que “a realidade está se impondo” e não seria surpresa se Biden, em breve, anunciasse seu apoio à vice-presidente Kamala Harris como sua substituta nas eleições de novembro. No entanto, outra pessoa próxima afirmou que Biden ainda não tomou uma decisão sobre deixar a corrida.

Por outro lado, assessores da Casa Branca negam que o presidente esteja pensando em desistir, alegando que as reportagens sobre essa possibilidade fazem parte de “uma campanha coordenada de vazamentos por líderes democratas para aumentar a pressão sobre Biden”. O presidente insiste, há três semanas, que quase nada o faria desistir de disputar a reeleição.

Pressão sobre candidatura de Joe Biden

Desde o final de junho, a pressão dentro do partido Democrata aumentou, após o desempenho desastroso de Joe Biden no primeiro debate contra Donald Trump.

Com o fraco desempenho, Biden levantou diversas dúvidas sobre a sua real capacidade de vencer as eleições e governar o país por mais quatro anos.

De lá para cá, vários aliados dentro do partido Democrata começaram a pedir publicamente que o atual presidente desista da candidatura, dando lugar para outra opção.

Nesta quinta-feira (18), o deputado Jamie Raskin, de Maryland, que fez parte do comitê da Câmara que investigou o ataque ao Capitólio, uniu-se à lista de importantes democratas que pedem a saída de Biden da chapa. “Tudo em que acreditamos está em jogo nos próximos quatro meses e meio”, declarou Raskin em uma carta.

Biden passou o dia de hoje isolado em sua casa de veraneio na praia de Rehoboth, no estado de Delaware, depois de ser diagnosticado com Covid.