A Aneel mantém a bandeira vermelha 2 em setembro, impactando as contas de luz de milhões de brasileiros. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (29) e prevê cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, mantendo o mesmo patamar aplicado em agosto. Essa medida reflete um cenário de geração de energia elétrica mais apertado, em função da baixa afluência dos reservatórios e do aumento do uso de termelétricas.

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Por que a bandeira vermelha 2 foi mantida?

A manutenção da bandeira vermelha 2 ocorre porque as condições dos reservatórios das hidrelétricas estão abaixo da média histórica para este período do ano. Segundo a Aneel, a baixa afluência prejudica a geração hidrelétrica, que é a principal fonte de energia do Brasil.

Para compensar essa redução, é necessário acionar mais usinas termelétricas, cuja produção é mais cara, o que justifica o adicional na conta de luz. Em comunicado, a agência explicou:

“As atuais condições de afluência dos reservatórios das usinas, abaixo da média, não são favoráveis para a geração hidrelétrica. Em consequência, há necessidade de maior acionamento de usinas termelétricas, com elevados custos de geração, o que justifica a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 para setembro.”

Essa decisão impacta diretamente o bolso do consumidor, especialmente aqueles que consomem mais energia, mas também serve como um alerta sobre a importância de economizar eletricidade.

Entendendo o sistema de bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015 pela Aneel, foi desenvolvido para indicar aos consumidores o custo variável da energia elétrica no Brasil. Ele considera fatores como disponibilidade de água nos reservatórios, evolução das fontes renováveis e acionamento de termelétricas.

O sistema funciona da seguinte forma:

  • Bandeira verde: boas condições para geração de energia – sem custo extra;
  • Bandeira amarela: condições menos favoráveis – R$ 18,85 por MWh (ou R$ 1,88 a cada 100 kWh);
  • Bandeira vermelha patamar 1: condições desfavoráveis – R$ 44,63 por MWh (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
  • Bandeira vermelha patamar 2: condições muito desfavoráveis – R$ 78,77 por MWh (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).

Histórico recente da bandeira

Nos últimos meses, a Aneel vem ajustando as bandeiras conforme a disponibilidade de energia. Em junho, o órgão acionou a bandeira vermelha patamar 1, e em agosto subiu para a bandeira vermelha patamar 2, cenário que se mantém em setembro.

Essa sequência mostra uma tendência de custos elevados devido às condições hidrológicas desfavoráveis e à dependência crescente de usinas termelétricas. Consumidores são incentivados a reduzir o consumo, principalmente em horários de pico, para evitar cobranças adicionais.

Impacto na conta de luz e no consumidor

O adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh pode representar um aumento significativo para famílias e empresas com consumo elevado. Para quem deseja planejar os gastos, usar menos aparelhos elétricos ao mesmo tempo, optar por lâmpadas LED e evitar o desperdício de energia são algumas das medidas mais eficazes.

Além disso, a manutenção da bandeira vermelha 2 reforça a importância de acompanhar o boletim de bandeiras da Aneel, que é atualizado mensalmente e informa os consumidores sobre as condições de geração de energia no país.

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