A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,133 bilhões em agosto de 2025, um resultado 35,8% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado. O desempenho positivo reflete um aumento nas exportações e uma queda nas importações, apesar do impacto de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

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Superávit comercial de agosto é impulsionado por exportações e redução de importações

Em agosto, as exportações do Brasil somaram US$ 29,861 bilhões, alta de 3,9% na comparação anual, enquanto as importações caíram 2%, totalizando US$ 23,728 bilhões. O resultado contribuiu para o aumento do superávit comercial do país, mostrando resiliência mesmo diante de mudanças no comércio internacional.

O desempenho da balança comercial é um indicador relevante da economia brasileira, refletindo tanto a demanda externa pelos produtos nacionais quanto a capacidade do país de equilibrar suas importações. Para acompanhar mais dados sobre o comércio exterior brasileiro, consulte Balança Comercial Brasil.

Impacto das tarifas dos EUA nas exportações brasileiras

Um dos fatores que influenciou as exportações brasileiras em agosto foi a entrada em vigor, no dia 6, da tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil. O efeito foi imediato: as exportações brasileiras para os EUA caíram 18,5% em relação a agosto de 2024, e a participação norte-americana no total das vendas externas do Brasil passou de 11,8% para 9,3%.

O setor afetado inclui produtos de maior valor agregado, o que levou empresas brasileiras a buscarem novos mercados para compensar a redução da demanda americana. Apesar do recuo nos embarques para os EUA, o saldo comercial brasileiro manteve-se positivo graças ao aumento das exportações para outros países.

China se consolida como principal destino das exportações

Enquanto as vendas para os EUA recuaram, as exportações brasileiras para a China, incluindo Hong Kong e Macau, aumentaram 29,9% em agosto. A participação chinesa nas exportações do Brasil passou de 25,7% para 32,1% do total, consolidando o país asiático como o principal parceiro comercial do Brasil.

O crescimento das exportações para a China reflete a forte demanda por commodities brasileiras, especialmente soja, minério de ferro e produtos agrícolas, setores estratégicos da economia nacional. Para mais informações sobre relações comerciais com a China, veja Exportações para a China.

Acumulado do ano aponta queda do saldo comercial, apesar do superávit em agosto

No acumulado de janeiro a agosto de 2025, a balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 42,812 bilhões, uma redução de 20,2% em comparação ao mesmo período de 2024. As exportações totais no ano chegaram a US$ 227,583 bilhões, crescimento modesto de 0,5%, enquanto as importações somaram US$ 184,771 bilhões, alta de 6,9%.

O resultado anual indica que, apesar de meses isolados com superávit elevado, a pressão sobre a balança comercial brasileira vem do aumento das importações e das tarifas externas que impactam os principais parceiros comerciais.

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