A B3 amplia o horário de negociação a partir desta segunda-feira, 3 de novembro, com o objetivo de alinhar o funcionamento da Bolsa brasileira às principais praças financeiras internacionais. A mudança ocorre devido ao fim do horário de verão nos Estados Unidos, na Alemanha e na Inglaterra, encerrado no domingo (2).

A partir dessa data, os investidores brasileiros terão uma hora a mais de pregão, o que tende a aumentar a liquidez e permitir uma melhor sincronia na formação de preços de ações, derivativos e contratos futuros.

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A nova rotina começa já nesta segunda-feira (3). Apesar de o mercado à vista e fracionário manter a abertura às 10h, o encerramento será estendido até as 17h55 — 55 minutos a mais em relação ao horário anterior.

Essa alteração também se aplica a outros segmentos da Bolsa. O mercado a termo passará a operar das 10h às 18h25, enquanto o mercado de opções funcionará das 10h05 às 17h55.

De acordo com comunicado da própria B3, a ampliação busca “ajustar os horários locais às alterações observadas nos principais centros financeiros internacionais”, o que ajuda a garantir maior eficiência nas operações e melhor integração com bolsas estrangeiras, como a NYSE e a Nasdaq.

“As adequações de horário ocorrem sempre que há mudança de fuso horário entre o Brasil e os mercados internacionais. Nosso objetivo é preservar a sincronia entre as praças financeiras e assegurar condições competitivas aos investidores locais”, informou a Bolsa em nota.

Por que a B3 faz esse ajuste?

O ajuste nos horários ocorre todos os anos com o fim do horário de verão no hemisfério norte, quando os relógios de países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido são atrasados em uma hora.
Como o Brasil não adota mais o horário de verão, essa alteração cria um descompasso temporal entre as bolsas internacionais e a brasileira.

Para evitar discrepâncias, a B3 amplia o horário de negociação para manter a integração com os mercados globais, facilitando operações simultâneas de investidores estrangeiros e o acompanhamento de indicadores econômicos internacionais que influenciam diretamente os ativos listados na Bolsa brasileira.

Essa sincronia também favorece a formação de preços mais precisa e o volume de negociações, sobretudo em empresas com ADRs negociadas no exterior — como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4).

After-market e mercados afetados pela mudança

A B3 confirmou que não haverá sessão de after-market durante o período de ajuste, exceto nas datas de vencimento de opções.
O after-market é o período pós-fechamento em que investidores podem ajustar posições ou aproveitar oportunidades pontuais. A suspensão temporária dessa janela ocorre para facilitar a adaptação dos sistemas e operadores ao novo horário regular.

Além dos mercados à vista e de opções, a mudança impacta operações estruturadas e contratos futuros vinculados a índices de ações europeus, cujo novo horário de encerramento está em vigor desde 27 de outubro.

Esse tipo de contrato reflete o desempenho de índices como o FTSE 100 (Reino Unido) e o DAX (Alemanha), ambos afetados diretamente pela mudança de fuso no continente europeu.

Impactos esperados para o investidor brasileiro

Com o horário de negociação ampliado, investidores locais terão maior flexibilidade para acompanhar a abertura e o fechamento dos mercados internacionais, o que pode resultar em decisões de investimento mais estratégicas.

Analistas destacam que, apesar de parecer uma mudança técnica, o novo horário melhora a liquidez diária e reduz riscos de arbitragem entre ativos negociados em diferentes fusos.
Na prática, isso significa que os preços das ações e derivativos tendem a refletir de forma mais imediata os movimentos globais.

Além disso, corretoras e plataformas de investimento devem atualizar automaticamente seus sistemas para refletir a nova programação da B3, garantindo que os investidores não enfrentem contratempos nas ordens de compra e venda.

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