As eleições nos Estados Unidos (EUA) ocorrem hoje (05), com a população decidindo entre Kamala Harris e Donald Trump para a presidência. A apuração dos votos começa à noite, e os primeiros resultados devem ser divulgados rapidamente. No entanto, o processo de contagem pode se estender até 10 de novembro, dependendo da quantidade de votos e dos métodos de votação utilizados. Essa apuração é crucial para determinar o futuro político do país e suscita grande expectativa entre os eleitores.

O que está em jogo?

A apuração dos votos nas eleições dos EUA é um processo complexo e dinâmico, que pode variar amplamente de uma eleição para outra. Por exemplo, em 2016, Donald Trump foi declarado vencedor logo na manhã seguinte ao dia da eleição. Em contraste, em 2020, a contagem demorou cinco dias para confirmar a vitória de Joe Biden, devido ao alto volume de votos enviados pelo correio. O modo como os eleitores escolhem votar, seja presencialmente, antecipadamente ou por correio, influencia diretamente a velocidade da apuração.

Como funciona a apuração?

A apuração dos votos se inicia após o fechamento das urnas no dia da eleição, com cada estado contando os votos de maneira independente. Existem três opções principais para os eleitores:

  1. Votação presencial no dia da eleição: Este método tradicional permite que os eleitores compareçam às urnas para registrar seu voto.
  2. Votação antecipada: Muitos estados oferecem a opção de votar presencialmente antes do dia da eleição, o que pode ajudar a aliviar a carga na contagem dos votos.
  3. Voto pelo correio: Esta modalidade permite que os eleitores enviem seus votos antes da eleição. Em eleições com alta concorrência, como a de 2020, a contagem de votos por correio pode resultar em atrasos significativos na apuração.

A diversidade de métodos de votação contribui para a complexidade do processo. Nos últimos anos, a adoção crescente do voto por correio tem se mostrado um fator importante a ser considerado na agilidade da contagem.

O papel do colégio eleitoral

Após a contagem dos votos, o próximo passo é a formalização do resultado pelo Colégio Eleitoral. Embora o vencedor seja normalmente projetado na noite da eleição, a confirmação oficial ocorre em dezembro. Durante essa reunião, os delegados do Colégio Eleitoral, que representam cada estado, se reúnem em suas capitais para formalizar seus votos. Este processo é vital, uma vez que é possível que um candidato ganhe no Colégio Eleitoral mesmo recebendo menos votos populares.

Em 2016, por exemplo, Donald Trump foi eleito presidente, apesar de Hillary Clinton ter recebido mais votos no total, graças ao apoio que obteve em estados-chave como a Califórnia, Pensilvânia e Texas. Esse sistema pode criar situações em que o vencedor da eleição não reflete a vontade da maioria do eleitorado, o que levanta questões sobre a eficácia do Colégio Eleitoral.

E se houver um empate?

Se um candidato não conseguir atingir a maioria necessária de 270 votos do Colégio Eleitoral, a decisão será transferida para a Câmara dos Deputados. Nesse cenário, cada estado terá direito a um voto, o que pode levar a um resultado inesperado. Este procedimento foi utilizado apenas duas vezes na história dos EUA, nas eleições de 1800 e 1824.