A Apple divulga lucro trimestral acima das expectativas do mercado, mesmo com queda na receita geral. No segundo trimestre fiscal, encerrado em março, a gigante de tecnologia surpreendeu analistas com desempenho sólido e iniciativas voltadas à valorização do acionista, apesar de enfrentar desafios como a retração nas vendas de iPhones e dificuldades no mercado chinês.

Lucro da Apple cresce 4,8% mesmo com queda na receita

A Apple divulgou um lucro líquido de US$ 24,8 bilhões no trimestre, uma alta de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro por ação ficou em US$ 1,53, superando os US$ 1,50 previstos por analistas. A receita total, no entanto, caiu 4,3%, totalizando US$ 95,36 bilhões, ainda assim acima da estimativa média de US$ 90 bilhões.

O resultado positivo é um alívio para investidores, já que analistas esperavam um trimestre mais fraco diante da desaceleração nas vendas de smartphones e pressões econômicas em mercados estratégicos. Segundo o CEO Tim Cook, o desempenho reforça a resiliência da Apple mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.

Reação do mercado e perspectivas com IA levantam incertezas

Mesmo com os números fortes, as ações da Apple recuaram 2,7% no after hours. A queda reflete incertezas relacionadas ao futuro da companhia, especialmente na divisão de serviços, que, embora em crescimento, não superou todas as expectativas, e ao fraco desempenho na China.

A Apple também reiterou seu compromisso com a inovação, principalmente no campo da inteligência artificial. Tim Cook adiantou que a empresa apresentará novos recursos durante a WWDC (Worldwide Developers Conference) em junho, mas o lançamento para os usuários será feito de forma escalonada, até 2026. Ele destacou ainda que a empresa possui “vantagens únicas” em IA devido à integração entre hardware, software e serviços.

Apple divulga lucro trimestral e detalha desempenho por segmento

A frase-chave “Apple divulga lucro trimestral” também ganha destaque quando observamos o desempenho por produto. O iPhone, carro-chefe da empresa, teve receita de US$ 45,96 bilhões, representando uma queda de 10,5%. Já o segmento de serviços avançou 14,2%, atingindo US$ 23,87 bilhões, reforçando sua importância na diversificação da receita.

Outros destaques incluem:

  • Mac: crescimento de 3,9%, com receita de US$ 7,45 bilhões;
  • iPad: retração de 16,7%, somando US$ 5,56 bilhões;
  • Wearables e acessórios: queda de 10%, totalizando US$ 7,91 bilhões.

Desempenho na China levanta sinal de alerta para a Apple

Um dos pontos mais sensíveis nos resultados foi a atuação da Apple no mercado chinês. A receita na região ficou em US$ 16,37 bilhões, uma queda de 8,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Embora Tim Cook tenha afirmado que o desempenho foi “melhor do que o esperado”, o mercado permanece cauteloso, especialmente diante da concorrência da Huawei e tensões geopolíticas que podem afetar o consumo de produtos americanos no país.

A China representa um dos principais mercados para a Apple, e qualquer desaceleração significativa pode impactar fortemente os resultados futuros da companhia.

Apple recompra ações e aumenta dividendos para atrair investidores

Além de divulgar um lucro trimestral robusto, a Apple anunciou o maior programa de recompra de ações de sua história, no valor de US$ 110 bilhões. A iniciativa é um sinal claro ao mercado de que a empresa acredita na valorização de suas ações e busca manter a confiança dos acionistas.

A companhia também informou um aumento de 4% no dividendo trimestral, que passa a ser de US$ 0,25 por ação. Essas medidas reforçam o compromisso da Apple com a entrega de valor aos investidores e devem ajudar a mitigar os efeitos de curto prazo das incertezas no mercado.