Desde que o pedido de recuperação judicial da Americanas (AMER3) foi aceito pela Justiça em 19 de janeiro, o valor devido pelos aluguéis em aberto, que é a principal fonte de receita dos fundos imobiliários (FIIs), já atingiu R$ 2,6 milhões.

Existem pelo menos sete FIIs que têm alguma relação com a Americanas, mas esse número não inclui os fundos de shopping que ocasionalmente têm a empresa como inquilina.

Nas últimas semanas, alguns fundos relataram inadimplência parcial no pagamento do aluguel devido pela Americanas em janeiro, com vencimento previsto para fevereiro.

O maior valor em aberto, em termos nominais, é de R$ 807 mil referentes à locação de um centro de distribuição de 82 mil metros quadrados em Seropédica, Rio de Janeiro, de propriedade do XP Log (XPLG11).

O XPLG11 recebeu da empresa apenas R$ 509,9 mil do montante de R$ 1,3 milhão que deveria ser pago pela locação do espaço, que representa 9% do portfólio do fundo.

O GGR Covepi (GGRC11) é outro fundo que comprou um galpão de 89 mil metros quadrados locado para a Americanas em Uberlândia, Minas Gerais, do CSHG Logística (HGLG11).

O fundo recebeu até agora R$ 1,162 milhão do montante de R$ 1,89 milhão devido pela locatária referente ao aluguel de janeiro, com vencimento em fevereiro. É o equivalente a 19 dias de locação.

Divida da Americanas com FIIs

É importante ressaltar que a dívida de R$ 2,6 milhões é referente apenas aos aluguéis em aberto e não inclui outras dívidas incluídas na lista de credores da Americanas, exceto um mês de locação devido para o Max Retail (MAXR11), que também entrou no processo.

É um desafio significativo para a varejista, que enfrenta dificuldades financeiras e agora tem mais essa dívida para saldar durante a recuperação judicial.

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