Ações do varejo em alta nesta quarta-feira; entenda os motivos
Nesta quarta-feira (12), as empresas varejistas tiveram uma forte valorização na B3, em decorrência dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as vendas no varejo e do anúncio da Receita Federal de que a isenção de impostos nas compras internacionais será encerrada. Às 11h46 no horário de Brasília, os valores […]
Nesta quarta-feira (12), as empresas varejistas tiveram uma forte valorização na B3, em decorrência dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as vendas no varejo e do anúncio da Receita Federal de que a isenção de impostos nas compras internacionais será encerrada.
Às 11h46 no horário de Brasília, os valores das ações da Magazine Luiza (MGLU3) haviam aumentado 2,12%, sendo negociadas a R$ 3,86, enquanto os papéis da Renner (LREN3) subiam 4,91%, sendo negociados a R$ 17,73. A Via (VIIA3) apresentava um crescimento mais modesto, de 0,99%, sendo negociada a R$ 2,05.
Taxação de compras internacionais
As empresas do varejo operaram em alta na B3 também em função de uma das medidas que o governo está considerando para aumentar a arrecadação tributária dentro do novo quadro fiscal.
A ideia é intensificar as investigações contra empresas de comércio eletrônico asiáticas, incluindo a Shein e Shopee e retirar a inseção de imposto de importações em compras internacionais.
De acordo com a Receita Federal, a isenção de imposto de importação em compras internacionais de até US$ 50, que é aplicável somente para transações entre pessoas físicas, tem sido empregada de maneira fraudulenta por essas plataformas. Elas estariam enviando as encomendas como se o remetente fosse uma pessoa física, em vez de uma empresa.
Segundo Fernando Haddad, ministro da Fazenda, o formato atual de taxação contribui para o “contrabando digital”. Além disso, o ministro afirmou que essa medida deve render entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões aos cofres públicos.
“Nunca houve isenção de US$ 50 para comércio eletrônico. Esse benefício é apenas para envio de pessoa física para pessoa física, mas vem sendo amplamente utilizado fraudulentamente, para vendas realizadas por empresas estrangeiras”, afirma a Receita.
Segundo pesquisa do IBGE, as vendas do varejo cresceram em 2023
Nesta quarta-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o comércio varejista do país registrou um avanço de 3,8% no volume de vendas na passagem de dezembro para janeiro. Esse resultado representa a maior variação para o mês desde o início da série histórica, em 2000.
Ao longo dos últimos 12 meses, o varejo apresentou um crescimento de 1,3%. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o setor registrou uma alta de 2,6%.
O destaque ficou por conta da categoria de tecidos, vestuário e calçados, que cresceu 27,9% após quatro meses de queda. Além disso, os hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também contribuíram para a elevação do índice, com um aumento de 2,3%.