Consórcio de Eletrodomésticos e Móveis: Veja se Eles Valem a Pena

Já pensou em fazer um consórcio de eletrodomésticos? Quem está de olho em trocar a geladeira, incluir uma lava-louças na cozinha ou investir em um computador novo pode unir o sonho de consumo a uma potencial forma de economia. Afinal, muitos desses itens têm valores que nem sempre cabem no orçamento à vista.

As alternativas mais comuns? Pagar os juros do parcelamento no cartão de crédito, crediário, ou até mesmo recorrer a um empréstimo para viabilizar a compra de um ou mais bens necessários. No entanto, é natural pensar que grande parte das pessoas sequer considera o consórcio como opção.

Uma opção ainda pouco considerada

Apesar de registrar crescimento no Brasil, a modalidade ainda está longe de figurar entre as mais utilizadas. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em 2025, menos de 1% dos contratantes de crédito optaram pelo consórcio.

Neste artigo, você vai entender melhor como essa forma de aquisição funciona e de que maneira pode ser aplicada na compra de móveis e eletrodomésticos.

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O que é e como funciona o consórcio?

Antes de tudo, vamos entender o que é um consórcio e como ele funciona na prática. Trata-se de uma modalidade de compra planejada e coletiva, em que um grupo de pessoas se une para formar um fundo comum. Todos compartilham um mesmo objetivo — como adquirir um carro, um imóvel ou até eletrodomésticos — e, juntos, contribuem mensalmente para viabilizar a compra.

Em termos simples, podemos dizer que o consórcio funciona como uma “vaquinha organizada”. Cada participante contribui com um valor mensal (parcela), e esse dinheiro vai para um caixa comum.

Todo mês, um ou mais integrantes recebem o valor necessário para comprar o bem desejado (carta de crédito). Quem ainda não foi contemplado continua pagando até chegar a sua vez.

Entenda em mais detalhes

Para que fique claro as etapas, um consórcio se desenrola assim:

Cada participante paga mensalmente uma parcela (valor fixo ou ajustável) durante um prazo determinado.
O dinheiro arrecadado é usado para entregar cartas de crédito aos contemplados — o que pode ocorrer de duas formas:
1. Sorteio: o participante é contemplado aleatoriamente.
2. Lance: o participante oferece um valor adiantado para tentar antecipar a contemplação.
Com a carta de crédito, o contemplado compra o bem ou serviço que deseja, à vista, sem pagar juros — apenas taxa de administração e eventuais seguros.

Consórcio de móveis e eletrodomésticos no Brasil

Quando se fala em consórcio, é comum associar a modalidade à compra de veículos leves — como carros e motos — ou de imóveis. E não por acaso: esses ainda são os segmentos mais populares.

Segundo dados da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), no primeiro semestre de 2025, o setor de veículos leves manteve a liderança, com 955.427 cotas vendidas, alta de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, e tíquete médio de R$ 69 mil.

Em termos de crescimento percentual, porém, o destaque vai para o consórcio imobiliário, que registrou um avanço expressivo de 40,8% no volume de cotas negociadas.

Embora com participação ainda menor, o segmento de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis novos também figura entre os que mais crescem. Nos primeiros quatro meses de 2025, foram comercializadas 47,44 mil cotas, o que representa um aumento de 41% sobre o mesmo período de 2024 — dados da ABAC.

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Como funciona o consórcio de eletroeletrônicos e bens duráveis?

No consórcio de eletroeletrônicos e bens duráveis, a lógica é a mesma das demais modalidades. A diferença é que, em vez de um automóvel ou imóvel, o grupo reúne pessoas interessadas em adquirir itens como móveis planejados, geladeiras ou fogões.

Mas, a essência permanece: o consumidor paga mensalmente parcelas previamente definidas e aguarda a contemplação. Quando isso ocorre, recebe uma carta de crédito com o valor arrecadado pelo grupo, que pode ser utilizada para comprar o bem desejado.

Assim como em qualquer consórcio, é possível ofertar lances para tentar antecipar a contemplação. Segundo o Serasa, o prazo de pagamento varia conforme o contrato, mas o mais comum é que esses consórcios tenham duração de 36 meses.

Uma particularidade desse tipo de consórcio é a possibilidade de adquirir vários itens de uma só vez utilizando o valor da carta de crédito. Afinal, estamos falando de bens com valores geralmente inferiores a de um carro, por exemplo.

Contudo, é importante ficar atento: os produtos adquiridos devem estar dentro do escopo previsto no contrato. Por isso, objetos como roupas de cama ou determinados móveis podem não ser permitidos, dependendo das condições acordadas.

Como contratar um consórcio de eletrodoméstico?

Para contratar um consórcio de eletrodomésticos, o primeiro passo é associar-se a uma empresa administradora autorizada, especializada nesse tipo de consórcio.

Entre as principais empresas que oferecem esse serviço estão Embracon, Porto Seguro Consórcios, Sicredi e a Bradesco Consórcios, além de algumas redes de varejo que possuem parcerias exclusivas, a exemplo da Magalu.

Ao aderir, o cliente escolhe o valor do crédito desejado, que deve estar compatível com os bens que pretende adquirir, e formaliza o contrato para iniciar o pagamento das parcelas. O pagamento pode ser feito de maneira prática e flexível: normalmente, as parcelas são debitadas por meio de boleto bancário, diretamente em agências ou caixas eletrônicos, ou por aplicativos de mobile banking.

Em alguns casos, principalmente quando a contratação ocorre via uma loja parceira, as parcelas podem ser recolhidas diretamente no estabelecimento, conforme a política adotada pela empresa administradora.

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Qual o melhor consórcio de eletrodomésticos?

Diversas empresas oferecem consórcios de eletrodomésticos e móveis, incluindo varejistas, financeiras e bancos. Como as opções no mercado brasileiro são bastante variadas, recomendamos que o interessado realize uma pesquisa cuidadosa e compare as condições oferecidas antes de contratar.

A grande maioria dessas empresas disponibiliza ferramentas de simulação, o que é um recurso importante para ajudar na escolha mais adequada. Aqui, vamos destacar algumas alternativas do mercado junto a informações fornecidas pelas próprias administradoras, apenas para servir como um ponto de partida da sua análise.

Magalu – consórcio eletro e móveis

Crédito de R$ 6.000 à R$ 18.000;
Taxa de administração de 21% a 24%;
Fundo de reserva 4%;
Saiba+

Sicredi – consórcio de móveis planejados

Crédito de R$ 15.000 à R$ 30.000;
Sem taxa de adesão e juros;
Mais de 6.400 contemplações
Saiba+

Banco do Brasil – consórcio de eletro, bens duráveis e agro

Crédito de R$ 3.000 à R$ 6.000;
Inclui boa variedade de bens;
Duração de 19 à 34 meses;
Saiba+

Garzin – consórcio eletro

Crédito de R$ 2.500 à R$ 15.000;
Duração de até 36 meses
Taxa de Administração de até 20%
Saiba+

Evoy – consórcio de eletroeletrônicos

Crédito de R$ 4.000 à R$ 56.000;
Duração de até 84 meses;
Parcelas à partir de R$ 88,44.
Saiba+

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Vale a pena fazer um consórcio de eletrodomésticos?

Optar por um consórcio pode ser uma alternativa interessante para a aquisição de um bem móvel durável. Mas, como muitos já devem imaginar, tudo vai depender da necessidade e da situação de cada pessoa.

Talvez o primeiro ponto a ser considerado é o prazo da necessidade. Para quem precisa do bem imediatamente, por exemplo, o consórcio dificilmente será a melhor opção. Isso porque a modalidade está alinhada ao planejamento financeiro, e não à urgência.

Em um consórcio com duração de 36 meses, por exemplo, o participante pode receber a carta de crédito logo nos primeiros meses e adquirir o bem desejado, ou então somente após os três anos de pagamento das parcelas. Isto porquê, essa definição depende do sorteio, mesmo para aqueles que fazem lances na tentativa de antecipar a contemplação.

Então, antes de tudo, avalie qual é o seu nível de urgência para ter acesso ao valor. Para ajudar na sua análise completa, vamos a alguns prós e contras que você pode considerar.

Vantagens e desvantagens do consórcio

Aspectos Positivos (Prós)	Aspectos Negativos (Contras)
Parcelas adaptáveis ao orçamento mensal do participante.	Não é possível obter o bem imediatamente; depende da contemplação.
Juros geralmente menores em comparação a outras formas de parcelamento, como crediário e cartão.	Possibilidade de multas e taxas em caso de desistência durante o contrato.
Carta de crédito permite negociar melhores condições de pagamento com o vendedor.	Pessoas com restrições de crédito podem ter dificuldades para resgatar o valor caso sejam contempladas.
Contemplação pode ocorrer em qualquer momento do consórcio.	Receber o bem depende do sorteio ou do uso de lances, o que pode levar tempo.
Participantes podem oferecer lances para tentar antecipar a contemplação.	–

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O que considerar antes de contratar um consórcio de eletrodoméstico?

Necessidade e urgência

Você realmente pode esperar para adquirir o produto? No consórcio, o bem pode ser entregue só após sorteio ou lance, que pode demorar. Se precisar do eletrodoméstico imediatamente, o consórcio não é ideal.

Orçamento mensal

Verifique se a parcela do consórcio cabe no seu orçamento sem comprometer suas finanças mensais. Parcelas fixas e programadas ajudam no planejamento.

Taxas e custos envolvidos

Embora não tenha juros como no crédito, o consórcio inclui taxa de administração e outras possíveis despesas. Entenda o custo total para comparar com outras formas de compra.

Reputação da administradora

Escolha uma empresa autorizada pelo Banco Central e com boa reputação no mercado para evitar problemas futuros. Uma dica é consultar sites como o Reclame Aqui.