Mecanismos de redução de turnover para startups, pequenas, médias e grandes empresas

No ambiente dinâmico dos negócios contemporâneos e também numa sociedade que possui cidadãos com a tendência de mudar cada vez mais repentinamente, a redução do turnover e principalmente o desafio de reter talentos ficou hercúleo para as corporações que não fazem uso dos incentivos de longo prazo.

Nesse contexto dos incentivos de longo prazo podemos citar os bônus de longo prazo, as ações restritas ou RSU (Restricted Stock Units), opções de ações (Stock Options), as ações e opções fantasmas (Phantom Shares e Phantom Options). Esses mecanismos traduzem que os funcionários estarão investidos no sucesso sustentável da organização.

Quando se insere a meritocracia dentro do sistema de gestão das companhias, uma das principais discussões sobre a atribuição de metas e consequente pagamento a título de bônus ou participação de lucros é como criar uma entrega que não foque no curto prazo e sim no médio e longo prazo e ai que esse primeiro elemento de pagamento de bônus de longo prazo é pensado, dado que o pagamento só é realizado após o cumprimento de metas por um período prolongado, geralmente superior a um ano.

Ações Restritas (RSU): transformando colaboradores em sócios

Outro incentivo comum ao arcabouço meritocrático de longo prazo são as ações restritas ou RSU, que é a entrega de ações da companhia a partir de um alinhamento cultura e a entrega de resultados e por esse motivo o então colaborador se torna sócio do negócio com direito a não só ter a valorização do ativo da companhia como também fazendo jus ao recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio. Empresas com perspectivas de crescimento exponencial podem usar desse incentivo que não prejudica o seu fluxo de caixa para atrair e reter colaboradores que podem inclusive conquistar sua independência financeira muito antes do previsto.

Existe uma modalidade que vem ganhando ao longo dos últimos anos importância no sistema de remuneração das companhias que são as opções de ações ou Stock Options. As opções de ações são lançadas pela companhia que tem um plano de crescimento pronto para os seus colaboradores que tem alinhamento cultural com o negócio e estão dispostos a comparem para vender no longo prazo com ágil e realizar o ganho do capital ou viver com uma renda extra a partir dos dividendos distribuídos. O colaborador que compra as opções de ações da companhia possui uma proteção diferente daqueles que compram as RSU, posto que se a empresa não cumprir o seu plano de crescimento, o valor do ativo não se valorizará e sua perda fica restrita ao valor da opção que é bem menor que o valor da ação da companhia.

Phantom shares e Phantom options: alternativas estratégicas

E por fim, as duas últimas modalidades são as Phantom Shares e as Phantom Options, que são tradicionais e comuns nos Estados Unidos e pouco conhecidas aqui no Brasil até pela falta de legislação vigente. Phantom em português significa fantasma, logo são instrumentos que tem como base o valor das ações da empresa, mas o colaborador não se torna sócio da companhia nem tampouco há diluição societária para os atuais acionistas. É como se fosse um bônus de longo prazo só que lastreado no preço do ativo real. Há uma complexidade para administrar e controlar esses instrumentos em corporações de grande vulto.

Tendências e reflexões que vemos observando o mercado

Em dezembro de 2023, foi realizada uma pesquisa com uma grande consultoria nessa área. A pesquisa reuniu mais de 100 empresas de mercado, umas de capital aberto, outras não listadas em bolsa e também empresas estrangeiras de 13 setores diferentes. Empresas que tem receita líquida anual que varia de R$ 300 milhões até mais de R$ 9 bilhões.

Essa pesquisa observou três pilares: Retenção de executivos, competitividade do pacote de remuneração e alinhamento com acionistas. Dentre as empresas pesquisadas, 32% possui incentivos de longo prazo com ações restritas (RSU), 26% com opções de compra (Stock Options) e bônus de longo prazo e no fim da fila com 9% e 7%, Phantom shares ou ações fantasmas e Phantom Options ou opções fantasmas respectivamente. E 24% das empresas pesquisas fazem um mix com mais de 1 incentivo de longo prazo no seu sistema de remuneração.

Algumas conclusões interessantes da pesquisa é que, hoje em dia, a diferença percentual entre as empresas que escolhem como incentivo de longo prazo as ações restritas e as opções de ações é a menor da série histórica. A pesquisa mostra, também, que não apenas executivos estão sendo remunerados com esses incentivos, até colaboradores de nível de coordenação são incluídos no sistema meritocrático de longo prazo.

Case InvestSmart de redução de turnover

A InvestSmart já segue os incentivos de longo prazo com o seu programa de Partnership desde 2020 e hoje já conseguimos perceber com números que transformar o colaborador em sócio retem 50% a mais que aquele grupo de colaboradores que não são sócios e aqueles que saem tem pouca representatividade para a companhia. A pessoa que saiu da companhia de forma não compulsória que possui maior participação acionária não ultrapassava 0,0058% de sociedade.

Portanto, os incentivos de longo prazo desempenham um papel vital na estratégia de remuneração das empresas, não apenas como ferramentas de retenção, mas como motores de alinhamento entre os interesses dos funcionários e da organização. Todas são ferramentas valiosas, cada uma com suas próprias vantagens e desafios. A implementação eficaz de tais incentivos pode ser um diferencial na criação de um ambiente de trabalho motivador e de alto desempenho, garantindo que todos naveguem juntos em direção ao sucesso sustentável e principalmente com a redução do turnover.

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