O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) projetou um superávit comercial recorde em 2023 devido à redução nos gastos com a importação de produtos que tiveram queda nos preços nos últimos meses. A estimativa inicial do ano indica um superávit de US$ 84 bilhões. Isso significa que as exportações serão maiores que as importações nesse valor.

A projeção do superávit será revisada a cada trimestre. Se essa projeção se confirmar, o superávit será 36,8% maior do que o resultado positivo de US$ 62,31 bilhões registrado em 2022, até o momento o melhor resultado já registrado na história.

O governo estima que as exportações do país chegarão a US$ 325 bilhões em 2023. O valor sinaliza uma queda de 2,8% em relação aos US$ 334 bilhões exportados no ano passado. Por outro lado, as importações devem chegar a US$ 241 bilhões, uma queda de 11,8% em relação aos US$ 273 bilhões comprados do exterior em 2022.

Entenda os motivos que contribuíram para o superávit 

De acordo com Herlon Brandão, diretor do Departamento de Planejamento e Inteligência Comercial de Comércio Exterior do MDIC, dois fatores estão impulsionando o saldo recorde:

  • Os preços das commodities energéticas, como o petróleo, e de produtos como fertilizantes que estão em tendência de queda. Segundo o diretor, o pico ocorreu no início da guerra entre Rússia e Ucrânia. 
  • A desaceleração da economia deverá provocar uma queda significativa nas importações, devido à retração do consumo.