Governo de São Paulo pede redução imediata do consumo de água devido à onda de calor

Onda de calor e estiagem elevam o consumo de água em São Paulo e levam o governo a reforçar alertas e medidas para preservar o abastecimento.

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Última atualização:  26 de dez, 2025 às 08:40
Cantareira, que abastece de água 46% da população da Região Metropolitana de São Paulo Crédito: Divulgação/Sabesp Cantareira, que abastece de água 46% da população da Região Metropolitana de São Paulo. Crédito: Divulgação/Sabesp

O governo de São Paulo emitiu nesta quinta-feira (25) um alerta à população para redução imediata do consumo de água em todo o estado, diante da combinação de onda de calor intensa e estiagem prolongada. A orientação prioriza o uso da água para alimentação e higiene pessoal e recomenda evitar desperdícios e atividades não essenciais.

Segundo o comunicado oficial, a capital paulista registrou durante o dia a maior temperatura de dezembro e de todo o ano de 2025. Na estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte da cidade, os termômetros marcaram 35,9 °C, superando um recorde que permanecia havia quase 30 anos.

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Onda de calor eleva temperaturas e aumenta consumo de água em São Paulo

De acordo com dados da Sabesp, o consumo de água aumentou até 60% em algumas regiões desde o início da onda de calor. O crescimento ocorre em um momento de baixos índices de chuva, o que afeta diretamente os níveis dos mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo.

O governo estadual informou que monitora os sistemas de abastecimento em conjunto com a Sabesp, que executa manobras operacionais para manter o equilíbrio da distribuição. Em áreas específicas, a companhia reforçou o fornecimento com apoio de caminhões-pipa.

Medidas de gestão hídrica seguem em vigor

Desde agosto, o governo paulista adotou medidas preventivas para preservar os mananciais, em parceria com a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp). Entre elas, está a redução da pressão da água no período noturno na região metropolitana.

Inicialmente, a diminuição ocorreu entre 21h e 5h. A partir de setembro, o intervalo foi ampliado, passando a vigorar das 19h às 5h. Segundo o governo, a estratégia gera uma economia diária equivalente a mais de 1,2 milhão de caixas d’água de 500 litros.

População deve priorizar uso da água para higiene e alimentação

O governo reforçou orientações para uso consciente da água durante o período crítico. Banhos curtos, de até cinco minutos, reduzem significativamente o consumo em comparação a banhos longos. A administração estadual também recomenda verificar vazamentos, evitar o uso de mangueiras para limpeza, utilizar baldes para lavar carros e ligar máquinas de lavar apenas quando estiverem cheias.

Na cozinha, a orientação é manter a torneira fechada enquanto ensaboa a louça e abrir apenas no enxágue. Parte da água utilizada na lavagem de roupas pode ser reaproveitada em atividades externas.

As autoridades destacam que a colaboração da população se tornou essencial para manter a regularidade do abastecimento durante o período de calor extremo e chuvas abaixo da média.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.