XP divulga as ações preferidas para investir em 2026

XP projeta Bolsa forte em 2026 e divulga lista das ações preferidas para um ano marcado por volatilidade eleitoral.

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Última atualização:  08 de dez, 2025 às 17:27
gráfico de ações ilustrando a matéira Ações para investir em 2026 segundo a xp investimentos (Imagem: iStock.com/tadamichi)

A XP Investimentos projeta um 2026 agitado, com a política doméstica ganhando peso sobre o comportamento da Bolsa.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira (8), a casa avalia que o cenário global perderá protagonismo (diferente de 2025, quando ventos externos impulsionaram os mercados) e abre espaço para o corte da Selic e o impacto das eleições brasileiras no segundo semestre.

Mesmo com a expectativa de volatilidade, a XP mantém visão otimista para o desempenho da renda variável. A corretora trabalha com IBOV a 185 mil pontos no cenário base, podendo chegar a 223 mil em uma leitura otimista. No pior quadro, o índice pode recuar a 144 mil pontos. A projeção acompanha a perspectiva de Selic em 12% ao fim de 2026, sustentando o apetite por risco.

Fernando Ferreira, estrategista-chefe da casa, lembra que ciclos de queda de juros costumam destravar valor na Bolsa. “Na média histórica, o mercado sobe cerca de 35% desde o início desses ciclos. Depois do rali recente, o Brasil voltou a se aproximar desse patamar”, afirma.

Ainda assim, ele reforça que o noticiário político (especialmente após a forte reação ao anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro) deve elevar a volatilidade ao longo do ano.

As ações preferidas da XP para 2026

A corretora montou uma seleção de empresas que, na visão dos analistas, conseguem atravessar 2026 combinando fundamentos sólidos, exposição favorável ao ambiente de juros menores e resiliência ao risco político:

  • Itaú (ITUB4) – preço-alvo: R$ 45
  • Marcopolo (POMO4) – preço-alvo: R$ 9,50
  • Equatorial (EQTL3) – preço-alvo: R$ 53,40
  • Cyrela (CYRE3) – preço-alvo: R$ 37
  • Aura Minerals (AURA33) – preço-alvo: R$ 68
  • Prio (PRIO3) – preço-alvo: R$ 60
  • Suzano (SUZB3) – preço-alvo: R$ 92
  • Iguatemi (IGTI11) – preço-alvo: R$ 32
  • Sabesp (SBSP3) – preço-alvo: R$ 126,40
  • Bemobi (BMOB3) – preço-alvo: R$ 30,50
  • Vivo (VIVT3) – preço-alvo: R$ 36
  • Rumo (RAIL3) – preço-alvo: R$ 27
  • Smart Fit (SMFT3) – preço-alvo: R$ 32

A lista combina bancos, consumo, energia, commodities e infraestrutura; setores que, segundo a XP, conseguem capturar o efeito de juros mais baixos e navegar melhor o ambiente político.,

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E o cenário internacional?

A XP acredita que 2026 repetirá a pressão eleitoral em diversos países, incluindo EUA, Colômbia e Chile. O movimento pode aumentar a incerteza, mas o pano de fundo ainda aponta para um dólar estruturalmente fraco, embora com menos intensidade do que em 2025.

Mesmo assim, a casa mantém postura neutra em mercados desenvolvidos e defende ampliar posições em emergentes, com destaque para a China. A aposta considera um “pouso suave” da economia chinesa, sustentado por estímulos governamentais, mas reconhece que os riscos continuam inclinados para o lado negativo; especialmente para países exportadores de commodities, como o Brasil.

Com juros em queda, eleições à vista e um mercado ainda sensível ao noticiário doméstico, 2026 se desenha como um ano de oportunidades (mas também de curvas) para investidores brasileiros.

Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.