“Vou arriscar”: Trump chama Giorgia Meloni de “linda jovem mulher” e elogia premiê italiana
Durante a Cúpula da Paz de Gaza, Donald Trump exaltou a liderança da premiê italiana e fez um comentário inusitado sobre sua aparência
Imagem: Evan Vucci / POOL / AFP
Durante a Cúpula da Paz de Gaza, realizada nesta segunda-feira (13) em Sharm el-Sheikh, no Egito, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou atenção ao elogiar publicamente a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, durante seu discurso.
Após a assinatura do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado por Washington com o apoio de Egito, Catar e Turquia, Trump se dirigiu à premiê italiana e afirmou:
“Ela é uma linda e jovem mulher. Agora, se você disser isso nos Estados Unidos, sua carreira política acaba. Mas eu vou arriscar.”
Em tom descontraído, o republicano prosseguiu chamando Meloni de “incrível”, “muito respeitada” e uma “política de sucesso”. A líder italiana, por sua vez, reagiu com um breve sorriso diante da plateia de chefes de Estado, entre eles Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido) e Mahmoud Abbas (Autoridade Nacional Palestina).
Quem é Giorgia Meloni?
Meloni, que governa a Itália desde outubro de 2022, é a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no país e comanda o partido Irmãos da Itália (Fratelli d’Italia); de orientação nacionalista e conservadora, com raízes na direita pós-fascista.
Sua gestão tem se destacado pela defesa de políticas rígidas de imigração e por um discurso fortemente soberanista.
Reconstrução da Faixa de Gaza
A cúpula marcou o início do processo de reconstrução da Faixa de Gaza, após dois anos de conflito. O plano de paz proposto pela Casa Branca prevê a redução gradual da presença militar israelense, que deve recuar de 75% para 53% do território, além de abrir espaço para novas negociações políticas sobre o futuro do enclave.
Apesar do avanço diplomático, ainda persistem impasses. O Hamas declarou que não aceitará tutela estrangeira na administração de Gaza e não confirmou a entrega total das armas. Nesta primeira fase, o grupo libertou 20 reféns vivos e devolveu quatro corpos, enquanto Israel libertou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos.
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