Sabesp (SBSP3) sobe 39% no ano e divide opiniões sobre potencial de valorização
Após alta de quase 40% em 2025, as ações da Sabesp (SBSP3) dividem opiniões entre analistas: Bradesco BBI mantém recomendação de compra

Após uma forte alta de quase 40% em 2025, as ações da Sabesp (SBSP3) continuam no centro do debate entre analistas. Enquanto o Bradesco BBI mantém visão otimista e reforça a recomendação de compra, o UBS BB adota postura mais cautelosa, com recomendação neutra para o papel.
O Bradesco BBI elevou o preço-alvo da ação para R$ 174, destacando a empresa como sua principal aposta no setor de utilidade pública. O banco revisou suas projeções considerando os resultados do segundo trimestre e a primeira revisão tarifária pós-privatização, prevista para dezembro de 2025.
Segundo o relatório, o mercado ainda não precificou totalmente a recuperação da concessão atual, além de possíveis ganhos com novas concessões de saneamento em São Paulo e uma eventual participação na privatização da Copasa (CSMG3), em Minas Gerais, programada para o início de 2026.
Na visão do BBI, a Sabesp está sendo negociada a uma taxa interna de retorno (TIR) real de 11,6%, acima de concorrentes como Equatorial (9,6%) e Energisa (10,1%), o que reforça seu atrativo de investimento. A expectativa é que essa taxa se aproxime da NTN-B com a redução gradual do CAPEX até 2030 e o início de pagamentos de dividendos mais robustos.
Já o UBS BB destaca que o reajuste tarifário de dezembro será o primeiro grande teste regulatório desde a privatização. Embora não se trate de uma revisão completa (prevista apenas para 2029), o banco avalia que o processo será essencial para compreender como o regulador tratará os investimentos e a nova metodologia de compensação de CAPEX aprovada no fim de 2024.
A revisão deve atualizar a base de ativos regulatórios (RAB), estimada em R$ 85,9 bilhões no fim de 2024, e ajustar distorções do ciclo anterior. No entanto, o chamado fator U, que corrige o retorno sobre investimentos, só será aplicado na revisão de 2026, com efeitos sobre as tarifas de 2027.
Com informações de InfoMoney