Congresso dos EUA corre contra o relógio para evitar shutdown; acordo parece improvável
Faltando menos de 24 horas para o prazo, EUA correm risco de shutdown do governo. Democratas e republicanos seguem travados sobre subsídios do Obamacare e orçamento provisório.
Foto: REUTERS/Kevin Mohatt
Os Estados Unidos estão a menos de 24 horas de uma paralisação do governo federal. O prazo expira à meia-noite desta terça-feira (30), e republicanos e democratas seguem sem acordo.
O impasse gira em torno da manutenção de bilhões de dólares em subsídios do Affordable Care Act (Obamacare). Os democratas querem garantir a extensão desses benefícios de saúde, enquanto os republicanos defendem um orçamento provisório sem incluir novos gastos.
Na segunda-feira (29), uma reunião de emergência na Casa Branca entre o presidente Donald Trump e líderes do Congresso terminou sem avanços, reduzindo as chances de um acordo de última hora.
O que está em disputa
- Plano republicano: manter o governo funcionando por sete semanas, sem compromissos adicionais.
- Exigência democrata: prorrogar os subsídios do Obamacare e reverter cortes no Medicaid aprovados durante a gestão Trump.
As consequências de um shutdown
Se não houver acordo, serviços públicos federais serão interrompidos. Milhares de funcionários poderão ser afastados ou até demitidos, e programas essenciais, como emissão de passaportes, fiscalização sanitária e apoio a famílias de baixa renda, sofrerão atrasos. Além do impacto interno, a paralisação pode abalar a confiança de aliados e investidores internacionais nos EUA.
Clima no Congresso Americano
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que a responsabilidade agora está nas mãos de Trump e dos republicanos: “Ele pode evitar o shutdown se aceitar o que queremos”. Já o líder da maioria republicana, John Thune, aposta em sucessivas votações para forçar os democratas a recuar.
Entre os senadores, há pessimismo. O democrata Peter Welch afirmou que “as chances são pequenas neste momento”, enquanto John Fetterman alertou para o risco de “plungar o país no caos”.
Se a negociação fracassar, será o primeiro shutdown do governo durante o segundo mandato de Donald Trump.
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