O Itaú BBA iniciou a cobertura do setor de construtoras brasileiras voltadas para o segmento de baixa renda com uma visão otimista, destacando que o momento atual combina acessibilidade recorde à habitação, margens sólidas e alavancagem operacional elevada.

Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (15), empresas como Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) já entregaram retornos expressivos em ciclos anteriores, mas agora o potencial de valorização se concentra em nomes menos óbvios.

A Tenda (TEND3) foi escolhida pelo banco como Top Pick (principal recomendação) do setor, com preço-alvo de R$ 40 por ação e potencial de alta de 51% em relação ao fechamento anterior.

Para os analistas, a companhia já deixou para trás a fase mais difícil de reestruturação e vem se beneficiando do desempenho robusto do negócio on-site (construção direta), com margens comparáveis às da Cury. A expectativa é que o lucro por ação cresça 65% ao ano até 2026.

O relatório também chama atenção para a Plano & Plano (PLPL3), que, apesar da baixa liquidez em bolsa, oferece relação risco-retorno mais atraente frente aos pares do setor. Já a MRV (MRVE3), na visão do Itaú BBA, ainda está em processo de recuperação financeira e operacional (turnaround) e deve ser monitorada com cautela.

Para investidores, a análise indica que os modelos de negócio do segmento carregam riscos mais altos, mas a criação de valor tende a permanecer forte no ciclo atual.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.