O salário mínimo 2025 foi oficialmente reajustado para R$ 1.518, representando um aumento de 7,5% em relação ao valor vigente em 2024, quando estava fixado em R$ 1.412. A medida, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a aprovação do Orçamento 2025, começou a valer retroativamente a 1º de janeiro, sendo pago aos trabalhadores já em fevereiro. O reajuste segue a política de valorização do salário mínimo, que considera a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, limitado a 2,5%, garantindo recomposição inflacionária e aumento real do piso nacional.

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Reajuste do salário mínimo 2025 e projeções futuras

O aumento de R$ 106 no salário mínimo representa uma recomposição do poder de compra e impacta diretamente trabalhadores de diversas categorias, aposentados, pensionistas e programas sociais vinculados ao piso nacional, como o Bolsa Família. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, o piso salarial terá os seguintes valores nos próximos anos:

  • 2026: R$ 1.631 (alta de 7,44%)
  • 2027: R$ 1.724 (alta de 5,76%)
  • 2028: R$ 1.823 (alta de 5,74%)
  • 2029: R$ 1.925 (alta de 5,59%)

Esses reajustes são projetados com base na política de valorização do mínimo, permitindo que o salário acompanhe a inflação e o crescimento econômico do país, oferecendo previsibilidade para trabalhadores e empregadores.

Salário líquido e descontos obrigatórios

Para quem recebe até dois salários mínimos, há isenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). No entanto, há desconto do INSS:

  • 1 salário mínimo (R$ 1.518): 7,5% → R$ 1.404,15 líquido
  • 2 salários mínimos (R$ 3.036): 12% → R$ 2.778,27 líquido

Além dos descontos obrigatórios, os trabalhadores podem ter deduções adicionais, como vale-transporte, plano de saúde, adiantamentos ou pensão alimentícia, mas a lei estabelece que o total não pode ultrapassar 70% do valor do salário.

Como é calculado o aumento do salário mínimo

O reajuste do salário mínimo é definido pela Lei nº 14.663/23, alterada pela Lei nº 15.077/24. O cálculo considera:

  1. Inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos 12 meses anteriores.
  2. Crescimento do PIB de dois anos antes, limitado a 2,5%.

Dessa forma, o piso é ajustado para recompor perdas inflacionárias e gerar aumento real quando a economia cresce. Caso o PIB seja negativo, o salário mínimo é ajustado apenas pela inflação.

Salário mínimo regional

Alguns estados definem pisos regionais, superiores ao mínimo nacional, para categorias sem acordo coletivo específico. Entre eles:

  • São Paulo: R$ 1.804 (reajuste de 10% em 2025)
  • Rio de Janeiro: seis faixas entre R$ 1.238,11 e R$ 3.158,96 (sem reajuste desde 2019)
  • Rio Grande do Sul: entre R$ 1.656,52 e R$ 2.099,27
  • Santa Catarina: entre R$ 1.612,26 e R$ 1.844,40
  • Paraná: entre R$ 1.856,94 e R$ 2.134,88 (maior do país)

O piso regional respeita o mínimo nacional, garantindo que nenhum trabalhador receba menos do que o valor definido pela União.

Histórico do salário mínimo e perspectiva ideal

Desde 1994, o salário mínimo brasileiro passou por diversos reajustes. Em 2024, o piso representava apenas 20,85% do valor considerado ideal pelo Dieese para uma família de quatro pessoas, considerando alimentação, moradia, transporte, saúde, educação, vestuário e lazer. Especialistas alertam que aumentos muito expressivos podem impactar a economia, elevando gastos públicos e informalidade, mas reajustes moderados ajudam a manter o poder de compra sem comprometer a estabilidade macroeconômica.

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