Boletim Focus: mercado reduz projeção de inflação pela 14ª semana seguida
Estimativa para o IPCA em 2025 caiu de 4,86% para 4,85%; câmbio também recuou, enquanto PIB teve leve alta
As expectativas do mercado para a inflação de 2025 registraram nova queda nesta segunda-feira (1º), segundo o Boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC). A mediana das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,86% para 4,85%, marcando a 14ª revisão negativa consecutiva.
A pesquisa do BC compila estimativas de economistas de mais de 100 instituições financeiras e serve como termômetro para investidores, governo e mercado.
Projeções para câmbio, PIB e Selic
Além da inflação, as estimativas para o câmbio em 2025 também foram ajustadas para baixo, passando de R$ 5,59 para R$ 5,56. Para os anos seguintes, as medianas ficaram em R$ 5,62 (2026), R$ 5,62 (2027) e R$ 5,60 (2028).
Já o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 subiu levemente de 2,18% para 2,19%. Para 2026, a projeção passou de 1,86% para 1,87%, enquanto em 2027 avançou de 1,87% para 1,89%. A previsão para 2028 se manteve estável em 2%, patamar inalterado há 77 semanas.
No campo dos juros, a taxa básica Selic deve encerrar 2025 em 15%, pela 10ª semana consecutiva sem mudanças nas expectativas. Para os próximos anos, as projeções seguem em 12,50% (2026), 10,50% (2027) e 10% (2028).
Expectativas de inflação de longo prazo
As projeções para o IPCA de 2026 recuaram de 4,33% para 4,31%. Para 2027, houve queda de 3,97% para 3,94%, enquanto a estimativa de 2028 permaneceu em 3,80%.
Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado em reajustes de contratos de aluguel, foi revisado para cima em 2025, passando de 1,04% para 1,14%. Para 2026, caiu de 4,27% para 4,23%.
Os preços administrados dentro do IPCA — que incluem itens como combustíveis e tarifas públicas — foram reduzidos de 4,70% para 4,68% em 2025. Para 2026 e 2027, a projeção segue em 4%, enquanto para 2028 houve ajuste de 3,65% para 3,69%.
Contexto e importância do Boletim Focus
O Boletim Focus é acompanhado de perto por analistas e investidores porque reflete a percepção do mercado sobre a política monetária e fiscal do país. A trajetória de queda das expectativas para a inflação indica maior confiança no controle dos preços, ainda que as taxas permaneçam acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para 2025, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Fonte: Banco Central do Brasil (Relatório Focus, 01/09/2025).
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