Carlo Ancelotti é condenado a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha
Além de multa, Ancelotti ficará suspenso por três anos do direito de receber benefícios fiscais, previdenciários ou subsídios públicos na Espanha.

O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado pelo Tribunal de Madri a um ano de prisão por fraude fiscal cometida em 2014. Além disso, ele terá que pagar uma multa de 386 mil euros (cerca de R$ 2,4 milhões) e ficará suspenso por três anos do direito de receber benefícios fiscais, previdenciários ou subsídios públicos na Espanha.
Apesar da condenação, Ancelotti não deverá cumprir pena em regime fechado. Como ele não tem antecedentes criminais e já pagou os valores devidos à Justiça espanhola — com a ajuda do Real Madrid, clube que o contratou na época —, a punição não exige reclusão obrigatória.
De acordo com o Ministério Público espanhol, o italiano teria deixado de declarar rendimentos relacionados aos seus direitos de imagem em 2014, o que causou um prejuízo estimado em R$ 2,3 milhões aos cofres públicos. As acusações referentes a 2015, que somavam cerca de R$ 4,1 milhões, foram rejeitadas, e Ancelotti foi absolvido dessas alegações. O Ministério Público chegou a solicitar quase cinco anos de prisão para o treinador. Durante o julgamento, que ocorreu nos dias 2 e 3 de abril deste ano, enquanto ainda estava à frente do Real Madrid, Ancelotti prestou depoimento e negou qualquer intenção de fraudar.
— Eu só estava preocupado em receber o salário líquido de seis milhões por três anos, e nunca percebi que algo estava errado, nem recebi nenhuma notificação de que o Ministério Público estava me investigando — afirmou o técnico na audiência.
Reveja algumas polêmicas
A defesa de Ancelotti considerou a decisão favorável, especialmente porque a pena foi bem menor do que a solicitada inicialmente pela promotoria. Para demonstrar boa-fé e colaborar com a Justiça, o técnico já havia depositado antecipadamente 1,2 milhão de euros (cerca de R$ 7,6 milhões). Com a multa fixada em 386 mil euros, há uma expectativa de que parte desse valor seja restituída.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que acompanha o caso, mas destacou que o processo está sendo conduzido pela equipe jurídica pessoal do treinador. A assessoria de Ancelotti, por sua vez, preferiu não comentar a condenação.
Carlo Ancelotti, um dos técnicos mais consagrados do futebol mundial, assumirá oficialmente o comando da Seleção Brasileira após a Copa do Mundo de 2026.
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