A startup de Blumenau, Paytrack, acaba de levantar R$ 240 milhões em uma rodada de investimento Série B liderada pela Riverwood, gestora de venture capital especializada em soluções de software como serviço (SaaS). O capital obtido tem como principal objetivo impulsionar a expansão internacional da empresa, que já atende grandes corporações no Brasil, além de melhorar seus produtos e ampliar sua base de clientes.

A expansão internacional da Paytrack

O investimento recebido pela Paytrack marca um importante passo na jornada da startup. Fundada em 2017 por Daniele Amaro e Edson Gonçalves, a empresa oferece uma plataforma digital que facilita a gestão de viagens corporativas e o controle de despesas, com soluções mais eficientes e integradas em comparação aos métodos tradicionais. Atualmente, a Paytrack já atende a mais de 7 mil empresas no Brasil, incluindo gigantes como JBS, Hyundai, WEG, B3 e Grupo Mateus. Com o novo capital, a empresa focará na expansão internacional, com os primeiros mercados-alvo sendo Colômbia e México, dois países com grande potencial para a proposta de valor da Paytrack.

Antes da criação da Paytrack, a gestão de viagens corporativas no Brasil e no mundo ainda era predominantemente feita de forma manual, com o uso de agências de viagem, softwares desatualizados ou, em muitos casos, apenas planilhas de Excel. Esse modelo antiquado exigia muita documentação física, como notas fiscais, e o processo era muitas vezes demorado e sujeito a erros humanos.

Foi a partir desse cenário que Daniele e Edson fundaram a Paytrack, com o objetivo de trazer mais inovação e praticidade para o dia a dia das empresas. A plataforma da startup centraliza todas as etapas de uma viagem corporativa, desde o agendamento de passagens aéreas e hospedagens até o controle de despesas e o cumprimento das políticas internas de cada empresa.

A Paytrack opera no modelo SaaS, cobrando uma assinatura mensal das empresas com base no número de usuários ativos. Isso permite que as empresas, independentemente do porte, tenham acesso a uma solução personalizada e escalável para suas necessidades.

Um dos principais benefícios da Paytrack para seus clientes é a significativa redução de custos. O Grupo Mateus, por exemplo, registrou uma economia de 40% após adotar a plataforma. Segundo Edson Gonçalves, um dos fundadores, esse ganho ocorre devido à automação das políticas internas de viagem, que ajudam a evitar solicitações fora do padrão e diminuem o tempo gasto com burocracias. “Além disso, a produtividade aumentou, pois os funcionários agora gastam menos tempo gerenciando suas viagens e despesas”, afirmou.

A plataforma também possibilita o controle rigoroso das despesas, uma vez que permite a empresas automatizar regras e limites de gastos, como o valor máximo permitido para hospedagem, alimentação e passagens aéreas. Para muitas empresas, essa automação representa um ganho substancial em termos de eficiência operacional.

A Riverwood, gestora de venture capital, foi a responsável pela rodada Série B que permitiu à Paytrack levantar os R$ 240 milhões. A Riverwood tem um portfólio diversificado de investimentos, com destaque para startups brasileiras como QuintoAndar, VTEX, Omie e Petlove. Com o recente fechamento de um fundo de US$ 1,8 bilhão, a gestora está fortalecendo sua presença global, e a Paytrack se insere nesse movimento.

Para Daniele Amaro, co-fundadora da Paytrack, o apoio da Riverwood representa um voto de confiança no modelo de negócios da empresa e uma oportunidade de acelerar ainda mais seus planos de expansão. “O investimento permitirá que continuemos inovando e expandindo nossa base de clientes, além de nos posicionarmos como líderes no mercado global de gestão de viagens corporativas”, destacou.

Com os novos recursos, a Paytrack mira expandir sua presença no mercado internacional. A plataforma já oferece suporte multilíngue e multi-moeda, o que facilita sua adoção por empresas de diferentes regiões. Além disso, a startup já possui alguns clientes no exterior, mas o plano agora é estabelecer escritórios físicos na Colômbia e no México, focando na conquista direta de clientes nesses mercados.

Segundo Daniele, os dois países foram escolhidos devido ao seu grande potencial e à demanda crescente por soluções de automação em gestão de viagens corporativas. “Já temos alguns projetos em andamento nesses mercados, e nossa prioridade será intensificar essas ações”, afirmou.

Além disso, a co-fundadora mencionou que, no futuro, a Paytrack pode adotar uma estratégia de aquisições, visando empresas menores no setor de tecnologia ou até agências de viagens, com o objetivo de expandir rapidamente sua base de clientes e presença no mercado.