Balneário Camboriú, em Santa Catarina, lidera o ranking do metro quadrado mais caro do Brasil em dezembro de 2024, com o valor de R$ 13.911 por metro quadrado. De acordo com o Índice FipeZAP, que monitora os preços dos imóveis residenciais, a cidade ultrapassa outras grandes capitais brasileiras e atrai atenção devido ao seu mercado imobiliário em ascensão.

O estudo, realizado pelo Índice FipeZAP, analisou 56 cidades brasileiras e trouxe à tona dados importantes sobre as variações de preços, a valorização dos imóveis ao longo do ano e o impacto da inflação na formação de preços. O levantamento apontou que Santa Catarina é um dos estados que mais se destaca no mercado imobiliário, com suas cidades costeiras, como Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí, figurando entre as mais caras do país.

O que diz o índice FipeZAP sobre o mercado imobiliário em 2024

O Índice FipeZAP é um importante indicador do mercado imobiliário brasileiro, utilizado para monitorar a valorização dos imóveis e suas flutuações ao longo do tempo. Em 2024, o índice registrou uma alta de 7,73% nos preços dos imóveis residenciais, superando a inflação (4,64%) e o IGP-M (6,54%). Esse crescimento é um reflexo do fortalecimento do mercado, que já vinha em uma trajetória de recuperação após períodos de estabilidade nos anos anteriores.

As cidades de Santa Catarina, especialmente Balneário Camboriú, têm mostrado uma valorização expressiva, o que faz com que o preço do metro quadrado ultrapasse a média nacional, que foi de R$ 9.366 no final de 2024. Isso coloca as cidades catarinenses em destaque em um cenário em que o mercado imobiliário de outros estados também está experimentando crescimento.

Além disso, o levantamento revelou que o preço do metro quadrado de imóveis em Balneário Camboriú é mais alto do que em outras grandes capitais brasileiras, como São Paulo, Curitiba e Florianópolis, que também estão entre as cidades mais caras.

Os destaques do mercado imobiliário em Santa Catarina

A valorização do mercado imobiliário no litoral catarinense tem chamado a atenção de investidores e compradores. Cidades como Balneário Camboriú, Itapema e Itajaí se destacam com valores superiores a R$ 10.000 por metro quadrado. Isso se deve, em grande parte, à alta demanda por imóveis nessas regiões, impulsionada por fatores como a valorização do turismo, a infraestrutura de qualidade e o apelo das cidades àqueles que buscam qualidade de vida, segurança e proximidade com o mar.

Outro dado relevante é que, entre as quatro capitais do Brasil com valores de metro quadrado acima de R$ 10.000, estão Vitória (ES), Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Curitiba (PR). No caso de Vitória, o preço médio do metro quadrado foi de R$ 12.287, seguido por Florianópolis com R$ 12.122. Essas cidades, especialmente as catarinenses, têm atraído cada vez mais investidores, o que gera um cenário de crescente valorização.

A valorização dos imóveis e o comportamento dos diferentes tipos de unidades

Em relação aos tipos de imóveis, os dados do FipeZAP também mostram diferenças na valorização dependendo do número de dormitórios. As unidades de dois dormitórios, que possuem um preço médio de R$ 8.387 por metro quadrado, registraram a menor valorização em 2024, com um aumento de 7,16%. Entretanto, esse crescimento foi superior à inflação e superior à valorização de outros segmentos. As unidades de três dormitórios, por sua vez, apresentaram uma valorização mais significativa, com um aumento de 8,08% no ano.

As unidades maiores, com quatro ou mais dormitórios, foram as que apresentaram a menor valorização, com 6,24% de aumento acumulado em 2024. Isso reflete um cenário de menor procura por imóveis de grande porte em algumas regiões, especialmente em um momento de incertezas econômicas e altas taxas de juros. No entanto, o preço dessas unidades ainda segue sendo superior ao das menores.

O crescimento do mercado imobiliário brasileiro em 2024

Após um período de estabilidade, o mercado imobiliário brasileiro viu um retorno consistente ao crescimento em 2024. Capitais do Sul e do Nordeste, como Curitiba, Salvador e João Pessoa, lideraram a valorização dos imóveis, com altas expressivas de até 18%. Curitiba, por exemplo, registrou a maior valorização entre as capitais, com um aumento de 18%, seguida por Salvador (16,38%) e João Pessoa (15,54%).