O Ibovespa (IBOV), principal índice da bolsa de valores brasileira, está enfrentando um ano desafiador, acumulando uma queda de 10% em 2024. Após atingir sua máxima histórica em agosto deste ano, o índice iniciou uma trajetória de queda, o que gerou preocupações entre os investidores. Neste momento, o Ibovespa se aproxima de um suporte crítico, o que pode definir os rumos do mercado para o final de 2024.

O quê está acontecendo com o Ibovespa?

O Ibovespa encerrou a última quarta-feira, 18 de dezembro, com uma desvalorização de 3,15%, alcançando 120.771 pontos. Essa queda reflete os temores fiscais do Brasil, combinados com a sinalização de desaceleração dos cortes de juros nos Estados Unidos, o que impacta diretamente os mercados globais. Após um bom desempenho em 2023 e uma alta histórica de 137.469 pontos em agosto de 2024, o índice entrou em um movimento de queda, acumulando uma perda de 10% até o momento.

A queda do Ibovespa é um reflexo da instabilidade econômica global e doméstica. A desaceleração do ritmo de cortes de juros nos Estados Unidos tem gerado expectativas de uma possível desaceleração da economia global, impactando os mercados financeiros, incluindo o Brasil. Além disso, a incerteza fiscal interna também tem sido um fator importante, o que mantém os investidores cautelosos.

O impacto da queda e a proximidade da mínima anual

O Ibovespa está se aproximando da mínima anual de 118.865 pontos, registrada ainda em 2024. Esse nível se tornou o suporte mais crítico para os investidores, pois, caso seja rompido, pode dar início a uma queda ainda mais acentuada, levando o índice para patamares mais baixos, como os 117.000 e 108.275 pontos. Esse cenário traria perdas adicionais significativas para o mercado.

De acordo com análises técnicas, o índice já apresenta sinais claros de fraqueza. O índice está abaixo das médias móveis e segue uma linha de tendência de baixa (LTB). A última sessão, que marcou uma queda de 3,15%, reforçou ainda mais o viés baixista do mercado.

Perspectivas para o futuro próximo do Ibovespa

Apesar da pressão vendedora, a análise técnica aponta que, para uma possível recuperação, o Ibovespa precisa romper a resistência entre 124.800 e 126.530 pontos. Esses níveis representam uma barreira significativa para os compradores, sendo necessários para restabelecer um fluxo positivo no mercado e uma possível retomada da alta.

Caso o índice consiga superar esses níveis, os próximos alvos seriam 130.360 e 134.391 pontos, buscando até a marca de 137.469 pontos, que representa o topo histórico do índice. No entanto, é preciso considerar que o cenário atual ainda exige cautela. O mercado está altamente influenciado por fatores externos, como a política monetária dos EUA, e internos, como as questões fiscais no Brasil.

Análise de médio prazo e os desafios para o Ibovespa

O gráfico semanal do Ibovespa mostra que o índice vinha em uma trajetória de alta desde o início de 2023, após atingir sua mínima anual em 96.996 pontos. Essa alta foi impulsionada por um fluxo comprador forte, que levou o índice a renovar consecutivos máximos até atingir o pico de 137.469 pontos em agosto.

Contudo, a partir desse ponto, a tendência de baixa começou a ganhar força, e o índice tem acumulado perdas expressivas desde então. Para que o Ibovespa retome uma trajetória de alta no médio prazo, será necessário superar a resistência entre 125.300 e 126.115 pontos. A superação desses níveis abriria espaço para um movimento de recuperação, com alvos nos 129.872 e 134.391 pontos.

Porém, caso o fluxo vendedor persista, o suporte de 118.865 pontos será decisivo. Uma quebra desse nível pode empurrar o índice para regiões ainda mais baixas, como 113.000 pontos, e até mesmo 108.275 pontos, o que representaria um cenário mais pessimista para o mercado brasileiro.

Suportes e resistências: O que observar no futuro próximo

O cenário técnico do Ibovespa é de grande volatilidade, e os investidores devem ficar atentos aos seguintes pontos de suporte e resistência:

  • Suportes:
    • 118.865 pontos – Mínima de 2024 e principal suporte atual.
    • 117.000 pontos – Região próxima à média de 200 períodos no gráfico semanal.
    • 113.000 pontos – Suporte relevante em caso de continuidade da pressão vendedora.
    • 108.275 pontos – Suporte de longo prazo, com potencial para atuar como ponto de reversão.
    • 102.770 pontos – Limite em cenários mais pessimistas.

  • Resistências:
    • 124.800 a 126.530 pontos – Primeira zona para retomar o fluxo de alta.
    • 129.872 pontos – Resistência importante para avançar ainda mais.
    • 134.391 pontos – Região próxima ao topo anterior, um nível crucial para testar novos patamares.
    • 137.469 pontos – Topo histórico de agosto de 2024, resistência de longo prazo.