Trump nomeia Elise Stefanik como embaixadora dos EUA na ONU
Donald Trump anunciou a nomeação da deputada Elise Stefanik como embaixadora dos EUA na ONU.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira (11), a nomeação da deputada republicana Elise Stefanik para o cargo de embaixadora dos EUA nas Nações Unidas (ONU). A escolha, que reforça a estratégia do movimento “America First”, visa fortalecer a posição dos Estados Unidos no cenário global, especialmente após o período de liderança do governo anterior, que, segundo Trump e seus aliados, enfraqueceu a segurança nacional e a posição dos EUA no mundo. A nomeação de Stefanik, contudo, ainda está sujeita à aprovação do Senado.
Nomeação e aprovação do senado
Elise Stefanik, de 40 anos, é uma parlamentar do Estado de Nova York, formada em Harvard e atual presidente da Conferência Republicana da Câmara dos Deputados. Ao longo de sua carreira política, ela tem se destacado como uma feroz aliada de Donald Trump, defendendo suas políticas e alinhando-se ao movimento “America First”. Sua nomeação foi anunciada por Trump, que a descreveu como uma “lutadora incrivelmente forte, dura e inteligente”.
Embora a nomeação de Stefanik tenha sido oficialmente feita, ela precisa passar pela aprovação do Senado. No entanto, a expectativa é de que sua confirmação seja tranquila, uma vez que os republicanos recuperaram o controle da Casa nas eleições de novembro de 2024. Essa nomeação se insere em uma série de movimentos estratégicos que o ex-presidente tem feito para consolidar sua agenda no campo internacional, particularmente no que diz respeito à ONU.
Desafios e oportunidades no cenário global
O cenário global que Trump e sua equipe enfrentam é marcado por desafios complexos, como o crescente antissemitismo e o aumento da influência de países como a China na diplomacia mundial. Em sua publicação no X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter, Elise Stefanik enfatizou a importância de restaurar a liderança dos EUA nas Nações Unidas, criticando a liderança de seu antecessor, que, segundo ela, enfraqueceu a posição americana no cenário internacional.
Stefanik apontou o trabalho imenso que teria pela frente, destacando a importância de enfrentar problemas como a insegurança nacional e a erosão da posição dos EUA frente a adversários e aliados. Ao assumir o cargo, ela promete agir para fortalecer a presença dos EUA na ONU, com foco na restauração da paz e segurança global por meio de uma liderança firme, alinhada aos princípios do “America First” defendidos por Trump.
A possível retirada dos EUA da ONU
Uma das principais preocupações com a nomeação de Stefanik e o segundo mandato de Trump está relacionada à possível redução do envolvimento dos EUA na ONU e em outras organizações internacionais. Durante seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA de acordos globais significativos, como o Acordo Climático de Paris e a Organização Mundial da Saúde (OMS). A expectativa é que, com o retorno de Trump à presidência, ele continue a pressionar pela diminuição das contribuições financeiras e do envolvimento dos EUA em diversas iniciativas multilaterais.
Essa postura de “America First” pode ter implicações significativas para a diplomacia internacional. A retirada dos EUA de acordos e organismos multilaterais pode abrir espaço para o aumento da influência de potências como a China, que já tem se posicionado como um jogador central na diplomacia mundial, em especial no Conselho de Segurança da ONU, onde os EUA e a China ocupam assentos permanentes.
Apoio internacional e críticas à ONU
A nomeação de Elise Stefanik também foi recebida com entusiasmo por aliados de longa data de Trump, como o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon. Ele parabenizou Stefanik em uma mensagem no X, destacando sua “clareza moral inabalável” em momentos em que, segundo ele, “o ódio e as mentiras” têm ganhado força dentro da ONU. Danon enfatizou que a presença de Stefanik no cargo será crucial para defender a verdade e a justiça, especialmente em relação aos interesses de Israel e outras questões globais.
Por outro lado, a ONU tem expressado preocupações sobre a postura dos EUA em relação ao financiamento e ao comprometimento com a organização. A possibilidade de uma redução nas contribuições financeiras dos EUA à ONU e sua retirada de acordos internacionais levanta questões sobre o papel dos Estados Unidos no fortalecimento de sistemas globais de cooperação.
O impacto no partido republicano e na política doméstica
Elise Stefanik tem sido uma figura central no Partido Republicano, especialmente desde 2021, quando assumiu a liderança na Câmara dos Deputados, substituindo Liz Cheney após sua destituição por criticar as alegações de fraude eleitoral de Trump. Sua ascensão dentro do partido reflete a consolidação de sua influência e seu alinhamento com a agenda do ex-presidente. A nomeação para a ONU também fortalece sua posição dentro do partido, à medida que ela se posiciona como uma defensora ardente da visão republicana para a política externa.