Embraer (EMBR3) registra crescimento nas entregas e impacta o mercado com aumento nas ações
A Embraer (EMBR3) divulgou dados operacionais do terceiro trimestre de 2024, com um total de 59 aeronaves entregues, incluindo 16 comerciais e 41 executivas.

A Embraer (EMBR3) trouxe boas notícias para o mercado ao divulgar, na última sexta-feira (18), dados operacionais referentes ao terceiro trimestre de 2024 (3T24), que mostraram um total de 59 aeronaves entregues. Esse desempenho, que inclui 16 aeronaves comerciais, 41 jatos executivos e 2 C-390s, resultou em uma valorização das ações da companhia, que subiram 4,19%, alcançando R$ 49,99. Essa movimentação é um reflexo positivo das projeções da fabricante, que continua a trilhar o caminho para atingir suas metas para o ano.
Durante o 3T24, a Embraer entregou 59 aviões, divididos entre diferentes segmentos. As entregas de aeronaves comerciais totalizaram 16 unidades, um crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, mas abaixo da expectativa de analistas que previam 19 unidades. Esse desempenho pode ser atribuído a uma maior participação dos novos modelos E2, cuja eficiência de produção ainda está se ajustando em comparação com os modelos E175, além de desafios globais na cadeia de suprimentos. As entregas de aeronaves comerciais representaram 21% do guidance para 2024, com 45% das entregas ainda previstas para o 4T24, um resultado próximo à média histórica de 44%.
Por outro lado, o segmento de aviação executiva se destacou com 41 entregas, superando a expectativa de 35 e as 28 entregas do 3T23. Esse número representa 32% das entregas esperadas para o ano, deixando 33% a serem realizados no último trimestre. Essa performance mostra que a Embraer está se consolidando como uma das principais fabricantes no segmento executivo.
O Bradesco BBI comentou que, apesar de algumas entregas comerciais ficarem abaixo das expectativas, a Embraer está no caminho certo para cumprir seu guidance de 2024. O banco acredita que a meta de entrega de 125 a 135 aeronaves executivas é mais viável em comparação com a meta de 72 a 80 aeronaves comerciais. Além disso, o Bradesco revisou suas projeções, elevando a expectativa de entrega de aeronaves executivas para 135 e reduzindo a de aeronaves comerciais para 72.
A XP Investimentos também se manifestou, considerando os números operacionais da Embraer como positivos, destacando a aceleração no ritmo de entregas na divisão executiva. No entanto, a XP observou que a aviação comercial avançou de forma mais lenta, sugerindo que o total de entregas para 2024 pode se aproximar do limite inferior do guidance. Isso pode ser um indicativo de gargalos na cadeia de suprimentos, que têm afetado o setor como um todo.
Outro ponto positivo destacado pelo Itaú BBA é o crescimento do backlog da Embraer, que atingiu o maior nível em nove anos, totalizando US$ 22,7 bilhões. Esse aumento é principalmente atribuído aos negócios na divisão de defesa e serviços. O Itaú mantém sua recomendação de outperform, com um preço-alvo de US$ 43 por ADR.