A Camil Alimentos (CAML3) anunciou que registrou um forte desempenho no segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 118,8 milhões, mais que o dobro dos R$ 46,9 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. 

Esse crescimento expressivo foi impulsionado principalmente pela maior receita líquida, que atingiu R$ 3,2 bilhões, uma alta de 12% em relação aos R$ 2,9 bilhões do 2T23.

Além disso, o Ebitda da companhia, que mede o desempenho operacional, chegou a R$ 287,6 milhões, um aumento de 35,4% em comparação aos R$ 212,4 milhões do mesmo período de 2023.

Um dos principais destaques do período foi o recorde de receita bruta da empresa, que atingiu R$ 3,7 bilhões, uma alta de 12,2% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelos aumentos nos preços e volumes de vendas, com especial destaque para o segmento de grãos no Brasil, incluindo o arroz, cujos preços mais altos e maiores volumes de venda no varejo foram determinantes.

O segmento de produtos de maior valor agregado também seguiu em crescimento contínuo, contribuindo positivamente para os resultados da Camil.

Camil anuncia compra do grupo Villa Oliva Rice, do Paraguai

A Camil, líder no beneficiamento de arroz no Brasil, deu mais um passo na sua expansão internacional ao anunciar a aquisição, de forma indireta, do grupo Villa Oliva Rice, do Paraguai. 

A operação envolve a compra de 80% das ações do grupo pelo atual presidente da Camil, Luciano Quartiero.

Embora o valor da transação não tenha sido divulgado, a estrutura prevê que Quartiero compre as operações da Villa Oliva Rice, que incluem fazendas de produção de arroz e ativos industriais e comerciais. 

Posteriormente, a parte industrial será vendida à Camil. A empresa esclareceu que essa estrutura foi necessária devido a exigências legais no Paraguai, que limitam a aquisição de terras agrícolas por estrangeiros em áreas de fronteira.

Fundado em 2014, o grupo Villa Oliva Rice produz cerca de 70 mil toneladas de arroz por ano. 

Por fim, a Camil informou que não fornecerá mais detalhes sobre a operação, que não precisará ser submetida aos acionistas, pois não se enquadra nos requisitos da Lei das S.A.