O Ibovespa terminou esta sexta-feira (04) com uma leve alta de 0,09%, fechando em 131.791,55 pontos, após um dia de oscilação e indecisão no mercado. Apesar da pequena valorização de 120,04 pontos, a performance da semana foi negativa, com o índice acumulando uma perda de 0,71%. 

O dólar comercial também teve um dia de volatilidade, mas acabou fechando em queda de 0,33%, cotado a R$ 5,45. Já os juros futuros (DIs) apresentaram alta ao longo de toda a curva.

O clima do dia foi influenciado por alguns fatores globais e locais. Nos Estados Unidos, o fim da greve dos portuários trouxe certo alívio, enquanto os índices de Wall Street registraram altas, impulsionados pelos números robustos do payroll, que apontou uma geração de vagas de trabalho acima do esperado em setembro. 

Francisco Nobre, economista da XP, acredita que esses dados indicam que os próximos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) serão mais moderados, com uma redução de 0,25 ponto percentual esperada para as reuniões de novembro e dezembro, diferente da queda de 0,50 p.p. vista na última reunião. 

As tensões geopolíticas no Oriente Médio também adicionaram incertezas ao cenário. O aumento das hostilidades entre Irã, Israel e EUA, combinado com explosões no Líbano, criaram um ambiente de maior aversão ao risco, impactando os mercados globalmente.

Altas e quedas do IBOV hoje

O pregão de hoje foi marcado por desempenhos mistos entre os principais ativos da bolsa brasileira. A Vale (VALE3) recuou 0,73%, ainda impactada pela ausência de referência do mercado chinês, que continua fechado devido ao super feriado nacional. 

Já a Petrobras (PETR4) lutou para se manter estável, mas fechou em baixa de 0,26%, apesar da alta no preço do petróleo, que foi impulsionada pelas tensões no Oriente Médio, especialmente com a possibilidade de Israel atacar alvos petrolíferos do Irã.

Entre as petroleiras independentes, o cenário foi misto: PRIO (PRIO3) registrou uma alta de 0,45%, enquanto Petrorecôncavo (RECV3) fechou com uma leve queda de 0,05%, e Brava (BRAV3) teve um bom desempenho, subindo 1,18%.

No setor bancário, o movimento também foi misto. Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,15%, enquanto Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) tiveram pequenas altas de 0,13% e 0,20%, respectivamente.

No setor de varejo, Assaí (ASAI3) foi um dos destaques positivos, com uma alta expressiva de 3,41%, seguido por Lojas Renner (LREN3), que subiu 0,84%. Em contrapartida, Magazine Luiza (MGLU3) registrou queda de 0,62%.

Entre outras ações de destaque, Suzano (SUZB3) avançou 1,64%, após a companhia anunciar que a produção de celulose será cerca de 4% menor em relação à capacidade produtiva nominal. O IRB (IRBR3) também se destacou com alta de 2,01%, apesar de o otimismo dos analistas ainda ser moderado em relação à empresa.

A próxima semana promete ser intensa para o mercado. Na quarta-feira (09), será divulgado o IPCA de setembro, que é um indicador importante para acompanhar a inflação brasileira. 

Um dia antes, na terça-feira (08), Gabriel Galípolo passará por sabatina no Senado para ser confirmado como o novo presidente do Banco Central. 

Nos EUA, a agenda de inflação também será importante, com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) na quinta-feira (10) e o índice de preços ao produtor (PPI) na sexta-feira (11).

Maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira (04)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
YDUQ3+8,5410,17
RENT3+3,4641,90
ASAI3+3,416,97
PETZ3+2,924,94
AZZA3+2,4441,53

Maiores baixas do Ibovespa nesta sexta-feira (04)

TickerValorização (%)Valor por ação (R$)
CMIN3-4,826,34
CRFB3-3,368,35
VAMO3-2,255,64
CSNA3-2,1712,64
TIMS3-1,7717,75

Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas

NomeFechamento Variação em ptsVariação em %
🇧🇷 Bovespa131.791+120,04 +0,09
🇧🇷 USD/BRL5,4564-0,0174-0,32
🇺🇸 S&P 5005.751,07+51,13+0,90%