Ibovespa recupera alta impulsionada por sinais de estímulos na China
O Ibovespa fechou em alta de 1,08%, alcançando 133.009,78 pontos, impulsionado por estímulos econômicos da China e dados positivos do PIB dos EUA. O volume total negociado foi de R$ 27,40 bilhões, destacando-se ações de commodities como a Vale e siderúrgicas. Apesar do crescimento, o índice ainda acumula uma queda de 2,20% em setembro.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o dia em alta de 1,08%, alcançando 133.009,78 pontos, com um crescimento de 1.423,33 pontos. Apesar do desempenho positivo, o índice ainda acumula uma queda de 2,20% em setembro. O volume total negociado foi de R$ 27,40 bilhões, refletindo um dia de otimismo no mercado, impulsionado por estímulos econômicos na China e por dados encorajadores da economia americana.
Motivos da alta do Ibovespa
A elevação do índice foi fortemente influenciada por medidas adotadas pela China, que anunciou a emissão de títulos soberanos especiais no valor de cerca de US$ 284,43 bilhões. Essa iniciativa visa estimular a economia do país e teve um impacto positivo nas ações de empresas brasileiras ligadas a commodities, como a Vale (VALE3), que viu suas ações subirem 6,01% no dia. Além disso, as siderúrgicas também se beneficiaram, com CSN (CSNA3) avançando 8,95%, Usiminas (USIM5) 5,63% e Gerdau (GGBR4) 3,89%.
Os dados da economia dos Estados Unidos também contribuíram para a alta do índice. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 3,0% no segundo trimestre de 2024, superando as expectativas de analistas. Ademais, os pedidos de seguro-desemprego mostraram uma desaceleração, reforçando a confiança no mercado de trabalho americano e, consequentemente, a confiança dos investidores.
Impacto da situação econômica global
A relação entre a economia chinesa e o desempenho do Ibovespa é um reflexo da interdependência entre os mercados globais. O crescimento econômico da China, uma das maiores importadoras de commodities do Brasil, tem um papel crucial no fortalecimento das ações de empresas do setor no país. À medida que a demanda por matérias-primas aumenta, empresas como a Vale e as siderúrgicas se beneficiam, resultando em um desempenho positivo no índice da bolsa.
Por outro lado, a análise do cenário econômico dos EUA também é essencial. Com a divulgação de dados que mostram um crescimento saudável, há uma expectativa de que o Federal Reserve mantenha sua política monetária em um caminho favorável, o que incentiva os investimentos em mercados emergentes, como o Brasil. O crescimento do PIB americano e a estabilização do mercado de trabalho proporcionam um ambiente propício para que o capital estrangeiro flua para a bolsa brasileira.
Maiores altas do Ibovespa nesta quinta (26)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
AZUL4 | +10.00% | R$ 5,61 |
CSNA3 | +8.95% | R$ 13,27 |
COGN3 | +7.20% | R$ 1,34 |
CMIN3 | +6.67% | R$ 7,20 |
BRAP4 | +6.45% | R$ 20,46 |
Maiores baixas do Ibovespa nesta quinta (26)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação (R$) |
BRAV3 | -6.54% | R$ 17,01 |
PRIO3 | -4.84% | R$ 42,64 |
VIVA3 | -3.13% | R$ 26,64 |
BRFS3 | -2.49% | R$ 24,64 |
PETR4 | -2.16% | R$ 36,25 |
Situação do dólar e juros futuros
No dia de hoje, o dólar comercial encerrou suas atividades com uma queda de 0,59%, cotado a R$ 5,44. Essa desvalorização da moeda americana é um sinal de confiança no mercado interno e pode ser atribuída à expectativa de que o Banco Central do Brasil mantenha um controle firme sobre a inflação e a taxa de juros.
Aliás, o Banco Central revisou suas projeções de crescimento econômico para 2024, elevando de 2,3% para 3,2%. No entanto, a instituição sinalizou que, devido à pressão inflacionária, o viés permanece para altas nas taxas de juros, o que poderá afetar os próximos passos da política monetária. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não especificou possíveis aumentos nas taxas, mas enfatizou a importância de analisar os dados recentes de inflação e economia para fundamentar futuras decisões.
Desempenho setorial: quais ações se destacaram?
Além da Vale, outros setores também mostraram força no mercado. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 0,66%, enquanto Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) avançaram 2,56% e 1,27%, respectivamente. Esses resultados refletem um panorama de confiança no setor financeiro, mesmo diante de um cenário inflacionário.
Outro destaque foi a Azul (AZUL4), que apresentou uma impressionante alta de 10,00% após anunciar acordos favoráveis com arrendadores, demonstrando a recuperação do setor aéreo no Brasil.
Por outro lado, algumas ações enfrentaram quedas. A Petrobras (PETR4) caiu 2,16%, assim como a PRIO (PRIO3), que recuou 4,84%. As movimentações nos preços do petróleo, especialmente as notícias relacionadas à Arábia Saudita, influenciam diretamente a performance dessas ações, criando um ambiente de volatilidade.
Expectativas futuras e indicadores econômicos
Com a aproximação da divulgação dos dados sobre a inflação de preços de consumo pessoal (PCE) nos EUA, os investidores permanecem atentos, uma vez que esses indicadores são fundamentais para as diretrizes da política monetária do Fed. As expectativas sobre como esses dados poderão impactar a economia global são altas, e o resultado poderá influenciar o comportamento do Ibovespa nos próximos dias.
No resumo do dia, o Ibovespa atingiu uma máxima de 133.312,77 pontos e uma mínima de 131.593,50 pontos. Em comparação com a semana anterior, o índice subiu 1,48%, mas ainda acumula uma queda de 2,20% em setembro e de 0,88% no ano.
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 133.010 | +1.423 | +1,08% |
🇧🇷 USD/BRL | 5,4373 | -0,0394 | -0,72% |
🇺🇸 S&P 500 | 5.745,37 | +23,11 | +0,40% |