O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento em rede nacional na noite do último domingo (28), para apresentar o balanço do seu terceiro governo, que acaba de completar um ano e meio. Em suas falas, Lula reforçou que não abrirá mão da responsabilidade fiscal, citando a aprovação da reforma tributária.

“Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne”, disse. 

Em relação à prestação de contas, o presidente comparou o final de seu segundo governo – quando a “a economia crescia a 7,5%” e os salários e a renda cresciam – com a “enorme destruição” do país que se seguiu.

Além disso, Lula falou sobre o abandono de programas como a Farmácia Popular e do Minha Casa Minha Vida e disse que “espalharam armas ao invés de empregos” e que deixaram “ a maior taxa de juros do planeta”. “O Brasil era um país em ruínas”, declarou.

Sobre a “reconstrução”, para “cobrir o rombo bilionário deixado pelo governo anterior”, o mandatário afirmou que a economia cresceu quase 3% no ano passado e que vai continuar a crescer. O presidente listou ainda entre as conquistas de seu governo a igualdade salarial entre homens e mulheres, a criação de 2,7 milhões de emprego e disse que 24 milhões ficaram livres do pesadelo da fome.

Planos de reconstrução

Lula destacou que seu governo lançou o maior Plano Safra da história e que o PAC retomou os grandes investimentos em infraestrutura. “A Petrobras está produzindo mais e importando menos”, acrescentou.

Ele afirmou que a Reforma Tributária vai simplificar a economia e diminuir os preços de produtos essenciais, como a carne.

Lula mencionou ainda o retorno da “diplomacia ativa e altiva”, ressaltando a retomada do protagonismo em grandes fóruns de discussão, como a cúpula do G-20 em novembro, a reunião dos BRICs no próximo ano e a COP-30, que será realizada em Belém.

“O Brasil recuperou seu protagonismo no cenário mundial. O Brasil voltou ao mundo e o mundo agora vai passar pelo Brasil”, disse.

O presidente também defendeu o projeto brasileiro de taxação dos super ricos para combater a fome global. “O que falta ao mundo é paz, solidariedade e humanismo. Estamos prontos para dar o exemplo de que no Brasil a inclusão social, a fraternidade, o respeito e o amor são capazes de vencer o ódio”, concluiu.