Eletrobras (ELET3) conclui incorporação de Furnas
A Eletrobras (ELET3) anunciou que, a partir da próxima segunda-feira (01), acontecerá a incorporação de Furnas Centrais Elétricas. Essa movimentação visa racionalizar e simplificar a estrutura societária da Eletrobras, além de permitir um aumento nos investimentos em ativos integrados. Vale lembrar que o conselho de administração da Eletrobras confirmou na última sexta-feira (28) que todas […]

A Eletrobras (ELET3) anunciou que, a partir da próxima segunda-feira (01), acontecerá a incorporação de Furnas Centrais Elétricas. Essa movimentação visa racionalizar e simplificar a estrutura societária da Eletrobras, além de permitir um aumento nos investimentos em ativos integrados.
Vale lembrar que o conselho de administração da Eletrobras confirmou na última sexta-feira (28) que todas as condições para a incorporação da ex-subsidiária foram atendidas.
A Furnas, criada em 28 de fevereiro de 1957, possui instalações nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará e Bahia, além do Distrito Federal. A companhia é anterior à própria Eletrobras, que foi criada pelo governo federal em 1962.
Eletrobras e Suzano se unem para produção de soluções sustentáveis
A Eletrobras (ELET3) e a Suzano (SUZB3) firmaram um acordo para desenvolver soluções sustentáveis, como hidrogênio renovável e e-metanol, conforme anunciaram as empresas à Reuters na última quinta-feira (27). A parceria visa definir a viabilidade da construção de uma unidade de produção de combustíveis sintéticos.
Nesse contexto, as companhias planejam avaliar a produção desses combustíveis “verdes” a partir do aproveitamento do CO2 biogênico, gerado no processo produtivo de celulose da Suzano. O CO2 biogênico, resultante da queima de biomassa e licor negro, pode ser capturado e combinado com hidrogênio renovável, produzido por eletrólise da água, para gerar combustíveis sintéticos e limpos, apresentando “demanda potencial e escalabilidade”.
Uma das principais soluções em foco é o e-metanol, visto como uma alternativa promissora para descarbonizar os setores de transporte e logística. Segundo Paulo Squariz, diretor de Energia da Suzano, “a produção de e-metanol, que é um dos candidatos mais prováveis para substituir combustíveis fósseis na indústria marítima, por exemplo, contribuiria expressivamente para a transição energética e descarbonização global”, disse.
Já Ítalo Freitas, vice-presidente de Comercialização e Soluções em Energia da Eletrobras, destacou que “esse acordo estabelece a base para o desenvolvimento de uma cooperação estratégica, com ênfase na produção de combustíveis sustentáveis, e visa atender à crescente demanda por hidrogênio de baixo carbono e derivados no mercado nacional e internacional”, afirmou.
Brasil estimula iniciativas sustentáveis
A Eletrobras, maior companhia de energia da América Latina, está intensificando seus investimentos em soluções “verdes”, aproveitando seu vasto parque gerador hidrelétrico para fornecer energia elétrica renovável e competitiva para futuros projetos de hidrogênio verde e outras iniciativas sustentáveis.
Recentemente, a companhia assinou diversos memorandos de entendimento para expandir seus estudos em hidrogênio verde, colaborando com empresas como a Prumo, no Rio de Janeiro, Green Energy Park, no Piauí, e Paul Wurth.
Por sua vez, a Suzano, a maior produtora mundial de celulose, é referência na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto, como lignina e celulose microfibrilada (MFC). Além disso, a empresa também gera uma quantidade significativa de energia renovável a partir da biomassa, com uma capacidade instalada atual de 1,3 gigawatt (GW), que aumentará para 1,7 GW com a operação completa do Projeto Cerrado, uma nova fábrica de celulose em construção em Ribas do Rio Pardo (MS).
Vale ressaltar que o Brasil está avançando na criação de um marco legal para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, o que deve estimular a instalação de uma indústria para a produção de combustível renovável em escala comercial.
Neste mês, o Senado aprovou um projeto de lei que prevê incentivos fiscais e financeiros no valor de 18,3 bilhões de reais, mas o texto ainda precisa ser reavaliado pela Câmara.