Polishop entra com pedido de recuperação judicial, diz jornal
A rede varejista Polishop, enfrentando uma crise financeira com uma dívida estimada em R$352,1 milhões, entrou com pedido de recuperação judicial. De acordo com a revista Exame e o jornal Valor Econômico, o pedido está na 2ª Vara de Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, aguardando decisão. Se aprovado, a empresa terá […]

A rede varejista Polishop, enfrentando uma crise financeira com uma dívida estimada em R$352,1 milhões, entrou com pedido de recuperação judicial. De acordo com a revista Exame e o jornal Valor Econômico, o pedido está na 2ª Vara de Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, aguardando decisão. Se aprovado, a empresa terá suas dívidas congeladas por 180 dias para elaborar um plano de reestruturação.
No dia 3 de abril, a Polishop já havia solicitado tutela antecipada na 2ª Vara de São Paulo, alegando a falta de documentos necessários para ajuizar o pedido de recuperação judicial.
Fundada pelo empresário João Appolinário em 1999, a Polishop chegou a ter cerca de 250 lojas em todo o Brasil em seu auge. No entanto, os problemas financeiros se intensificaram nos últimos anos, especialmente após a pandemia, devido à dificuldade de pagar os aluguéis nos shoppings. Atualmente, o número de lojas caiu para cerca de 120.
O que é recuperação judicial?
Basicamente, a recuperação judicial é uma medida que as empresas tomam em um momento de crise financeira para evitar sua quebra.
O principal objetivo é reduzir os danos aos sócios, fornecedores, prestadores de serviços e colaboradores. De forma geral, a ideia é proteger todos aqueles que têm algum tipo de envolvimento com a empresa, inclusive os clientes.
Ao pedir recuperação judicial, a organização tenta que seja feito um acordo com o credor. Caso o resultado seja positivo, fica mais fácil garantir que não haja demissões em massa.
Vale ressaltar que para o governo também é importante que uma empresa consiga um bom resultado com o acordo, pois se torna possível manter o pagamento dos impostos.
Outro grande objeto da RJ é a possibilidade de que a companhia solicitante possa sair da crise e voltar a operar em boas condições.
Qual a diferença entre recuperação judicial e falência?
Em ambos os casos a empresa em questão precisa dar satisfações sobre suas dívidas. Mas existe uma grande e principal diferença nestas duas opções.
A recuperação judicial consiste em tentar dar continuidade no empreendimento. Dessa forma, a empresa ganha tempo para tentar recuperar sua capacidade de pagar as contas e gerar lucro.
Já no caso da falência, o empreendimento acaba fechando as portas, pois não há evidências de que o negócio tenha chances de sobreviver.
Em resumo, a RJ é ativada quando há possibilidade de que a empresa se mantenha ativa, apresentando manutenção dos empregos. Mas isso só ocorre se houver o comprometimento de pagamento das dívidas.