A gigante da mineração Anglo American rejeitou, nesta segunda-feira (13), a segunda proposta de compra, dessa vez mais alta, no valor de 34 bilhões de libras (US$42,67 bilhões) feita pela BHP(ASX: BHP), afirmando que a maior mineradora listada do mundo “continua a subestimar significativamente” a empresa.

Essa rejeição ocorreu após a recusa anterior da Anglo em aceitar a proposta inicial da BHP, de US$39 bilhões, feita em 25 de abril. A empresa considerou essa oferta como oportunista, afirmando que diluiria o valor positivo para seus acionistas em comparação com os da BHP.

Segundo Stuart Chambers, presidente do conselho da Anglo, “a última proposta da BHP novamente não reconhece o valor inerente à Anglo American”, disse.

A nova oferta, feita em 7 de maio, representou um aumento de 10% em relação à anterior, elevando a participação agregada dos acionistas da Anglo American no grupo combinado para 16,6%, de 14,8%.

“A BHP continua acreditando que uma combinação das duas empresas proporcionaria um valor significativo para todos os acionistas”, declarou Mike Henry, CEO da BHP, expressando desapontamento com a rejeição da oferta revisada.

Além disso, a proposta revisada exigia novamente que a Anglo vendesse suas ações em ativos de minério de ferro e platina na África do Sul.

A Anglo é atraente para seus concorrentes devido aos seus valiosos ativos de cobre no Chile e no Peru, com a expectativa de aumento da demanda em meio a uma transição global para uma energia mais limpa e um uso mais amplo da inteligência artificial. Seu portfólio também inclui platina, minério de ferro, carvão siderúrgico, diamantes e um projeto de fertilizantes.

Os analistas da RBC Capital Markets estimam que, se a Anglo se desfizesse de seu portfólio de minério de ferro, diamantes, manganês e PGM, a entidade remanescente teria uma exposição de cerca de 70% ao cobre.