O Banco Central divulgou, na última sexta-feira (03), que os juros médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito aumentou 9,4 pontos percentuais de fevereiro para março, alcançando 421,3% ao ano, em comparação aos 411,9% registrados anteriormente.

No caso do parcelado, o juro subiu de 188,9% para 190,6% ao ano durante o mesmo período. Considerando o juro total do cartão de crédito, que engloba operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 85,1% para 87,0%.

O Congresso estabeleceu por lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam exceder 100% do valor principal da dívida, caso os bancos não chegassem a um acordo sobre o assunto, ratificado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Como não houve consenso entre os envolvidos, o teto para os juros e encargos do rotativo passou a vigorar a partir do dia 3 de janeiro de 2024.

Além do limite estabelecido para os juros do rotativo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, propôs aos setores envolvidos um prazo máximo de 12 meses para o parcelado sem juros.

A autoridade monetária também considerou a possibilidade de limitar as tarifas de intercâmbio no cartão de crédito, porém ambas as propostas não avançaram e devem ser retomadas para discussão em algum momento futuro.