A Apple (AAPL34) confirmou nesta sexta-feira (19) que removeu o WhatsApp e o Threads, ambos da Meta, da App Store na China, atendendo a ordens do governo chinês, que alegou preocupações com a segurança nacional.

Além disso, os aplicativos de comunicação Telegram e Signal também foram retirados da loja na mesma data, de acordo com informações das empresas de rastreamento de aplicativos Qimai e AppMagic.

A exclusão desses quatro aplicativos sugere uma crescente intolerância por parte do governo chinês em relação a alguns serviços de mensagens estrangeiros que estão além de seu controle.

Apesar disso, outros aplicativos da Meta, como Facebook, Instagram e Messenger, ainda estavam disponíveis para download, conforme verificado pela Reuters nesta sexta-feira. Vários outros aplicativos populares desenvolvidos por empresas ocidentais, incluindo YouTube e X, também permaneciam acessíveis na loja de aplicativos.

Motivação da remoção não ficou claro

A razão específica pela qual o WhatsApp e o Threads despertaram preocupações de segurança por parte das autoridades chinesas não ficou imediatamente clara.

Em comunicado enviado por email, a Apple explicou que “ a Administração do Ciberespaço da China ordenou a remoção desses aplicativos da loja da China com base em suas preocupações com a segurança nacional”. A empresa ainda acrescentou que “somos obrigados a seguir as leis dos países em que operamos, mesmo quando não concordamos”, disse. 

A Meta, por sua vez, recusou-se a comentar sobre o assunto e direcionou as perguntas para a Apple. Até o momento, a Administração do Ciberespaço da China não emitiu um pronunciamento sobre o tema.

É importante observar que nenhum dos quatro aplicativos em questão tem uma presença significativa na China, onde o WeChat, desenvolvido pela Tencent, domina o mercado de serviços de mensagens.

Geralmente, muitos aplicativos estrangeiros são bloqueados nas redes chinesas e só podem ser acessados por meio de uma rede virtual privada ou outras ferramentas. No entanto, os quatro aplicativos removidos ainda estão disponíveis em Hong Kong e Macau, as duas regiões administrativas especiais da China.