Mais um capítulo do caso Gafisa (GFSA3): a Esh Capital teve seu pedido de antecipação de tutela recursal e concessão de efeito suspensivo em agravo de instrumento negado pela justiça. 

Este pedido foi feito contra a decisão que concedeu tutela de urgência, solicitada pela construtora na cautelar pré-arbitral, que suspendeu a assembleia geral extraordinária (AGE) convocada pelo fundo. A decisão cautelar indicou a “ilegalidade da convocação da AGE pela Esh”.

A construtora afirmou que “diante do indeferimento do pedido de antecipação de tutela recursal e concessão de efeito suspensivo formulado pela ESH, a decisão liminar concedida permanece vigente”.

Entenda melhor os últimos passos do caso Gafisa (GFSA3)

No dia 22 de março, a Gafisa anunciou que a Esh Capital havia apresentado um pedido pré-arbitral, com o valor da causa estipulado em R$50 mil. Esse pedido envolvia a suspensão dos efeitos da operação de aumento de capital social aprovada pelo conselho de administração da empresa, com valores que variavam de R$157,2 milhões a R$550,2 milhões, conforme comunicado aos acionistas divulgado em 11 de março deste ano.

Posteriormente, em 25 de março, a empresa obteve na 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro uma tutela de urgência em caráter antecedente solicitada pela companhia, que resultou no bloqueio das ações da Esh Capital e de seu gestor, Vladimir Joelsas Timerman.

Gafisa reportou lucro no 4T23

Em seu balanço financeiro do quarto trimestre de 2023 (4T23), a Gafisa anunciou um lucro líquido de R$47,9 milhões, o que reverteu o prejuízo líquido de R$3,8 milhões do mesmo período de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$108,8 milhões no 4T23, representando uma significativa melhora em comparação ao resultado negativo de R$13,7 milhões no 4T22. A margem Ebitda atingiu 60,2% entre outubro e dezembro do ano passado.

Entretanto, a receita líquida apresentou uma queda de 44,5%, totalizando R$ 180,8 milhões no quarto trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.

O prejuízo bruto ajustado foi de R$12,2 milhões no quarto trimestre de 2023, em contraste com o lucro bruto de R$61,3 milhões do mesmo período de 2022.

Por outro lado, o resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 51,9 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo as perdas financeiras de R$ 86,3 milhões do mesmo período de 2022.