A Petrobras (PETR4) confirmou sua decisão de reter dividendos em sua próxima assembleia geral ordinária (AGO), agendada para 25 de abril, conforme documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última sexta-feira (22). Essa medida impactou o mercado financeiro e gerou discussões sobre a distribuição de proventos aos acionistas.

A estatal informou que irá propor apenas dividendos ordinários aos acionistas, adiando a decisão sobre uma remuneração extra para uma data posterior. Isso acontece durante uma reunião do conselho de administração, na qual discutiram-se diferentes propostas que refletiam os interesses tanto do governo quanto dos acionistas minoritários.

Seis votos a favor, quatro contra e uma abstenção decidiram reter os dividendos extraordinários. Isso levou a uma queda significativa no valor de mercado da Petrobras.

Embora o governo tenha indicado conselheiros que votaram a favor da retenção total dos dividendos, representantes dos acionistas minoritários defenderam a distribuição completa dos proventos. Essa divergência de opiniões evidencia as complexidades envolvidas na gestão de uma empresa estatal como a Petrobras.

O Ministério da Fazenda também entrou na discussão, buscando convencer o governo sobre os benefícios de distribuir os dividendos nas contas da União, que é acionista majoritária da Petrobras. No entanto, a decisão final de reter os dividendos extraordinários permanece, pelo menos por enquanto, apesar das pressões externas.