Megazord varejista: a união da moda que vale R$12 bilhões
Por Fabi Mariano Na última segunda-feira, dia 05, um anúncio deixou as fashionistas e investidores do Brasil atentos: a Arezzo e o grupo Soma agora formam um único grupo de moda. A fusão de duas potências do setor tem como principais objetivos: diminuição de custos para as empresas, complementariedade de porfólio de produtos, projeto de […]
Por Fabi Mariano
Na última segunda-feira, dia 05, um anúncio deixou as fashionistas e investidores do Brasil atentos: a Arezzo e o grupo Soma agora formam um único grupo de moda. A fusão de duas potências do setor tem como principais objetivos: diminuição de custos para as empresas, complementariedade de porfólio de produtos, projeto de expansão internacional e aumento de valor as marcas, com maior poder para enfrentar a concorrência. Apesar da fusão societária, cada segmento deve manter a sua própria identidade e especialidade. O grande desafio para os gestores está em unificar a cultura organizacional e a história de todas empresas envolvidas para um grande case de sucesso. Com a união, mais de 20 marcas ficam sob responsabilidade de uma mesma administração, entre elas, as famosas: Arezzo, Farm, Animale, Maria Filó, Reserva e Henrig. Uma grande potência do mundo da moda.
Na outra ponta da agulha: crise do varejo
Se a fusão de lojas bem conceituadas da moda brasileira traz boas perspectivas para o setor, o lado mais popular da moeda vem em uma seguida onda de sofrimento. As lojas Renner, Marisas, Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia enfrentaram uma forte crise no último ano e amargaram índices ruins na Ibovespa. A maior causa é o pessimismo com o segmento. O comércio on-line e o comprometimento do poder de compra dos brasileiros são razões que desencorajam os investidores e causam o mau resultado do setor. Além disso, a longa temporada de juros alto da Selic pressionou os resultados da companhia que dependem da confiança do consumo pelo público, é a chamada Crise do Crédito. A alta inflação também foi um ponto crítico para empresas varejistas, já que a alta dos custos prejudica os lucros e acirra a concorrência com os players internacionais.
De igual para igual? A internacionalização da moda brasileira
A perspectiva de internacionalização do novo grande grupo varejista de moda do Brasil é bem real. Em dezembro de 2023, a marca carioca Farm inaugurou sua primeira loja fora do país. A cidade escolhida foi Londres e leva uma forte identidade brasileira para o mercado europeu. Com estampas autorais inspiradas na fauna e flora nacional, tucanos, abacaxis e flores invadiram a cinza capital inglesa. Além dos produtos, toda a experiência física da loja foi inspirada no branding da marca brasileira, é um pedacinho do país lá fora. A estratégia de unir forças entre outras marcas pode ser um acelerador para ampliar a atuação internacional. Atualmente, no Brasil, o grupo possui 2057 lojas, com 37% delas sendo franquias.
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