Interesse brasileiro em investimentos de renda variável segue em alta, revela levantamento da XP
Um recente levantamento realizado pela XP revela que o interesse dos brasileiros por investimentos em renda variável está atingindo níveis significativos, especialmente no mercado de ações. A pesquisa, conduzida entre os dias 4 e 10 de janeiro deste ano, envolvendo 147 assessores de investimentos, aponta para uma tendência crescente. De acordo com os dados, 65% […]

Um recente levantamento realizado pela XP revela que o interesse dos brasileiros por investimentos em renda variável está atingindo níveis significativos, especialmente no mercado de ações. A pesquisa, conduzida entre os dias 4 e 10 de janeiro deste ano, envolvendo 147 assessores de investimentos, aponta para uma tendência crescente.
De acordo com os dados, 65% dos assessores indicaram que seus clientes estão buscando aumentar a exposição à Bolsa, um aumento em relação aos 58% registrados em dezembro. Especificamente em relação às ações, o interesse subiu de 56% no mês anterior para 61% neste período, representando os maiores níveis desde a primeira edição da pesquisa em janeiro de 2022.
Fernando Ferreira, estrategista chefe da XP, destacou os fatores que impulsionaram o apetite de risco por ações brasileiras. O corte de juros mais agressivo no Brasil foi apontado como o principal, seguido pela redução dos riscos da política fiscal no país e pelos cortes de juros nos Estados Unidos.
Além do aumento do interesse, a pesquisa revela que a proporção de investidores alocando mais de 25% de seus portfólios em ações de empresas brasileiras também cresceu, passando de 22% na última pesquisa para 24% nesta.
Quanto aos setores mais atrativos dentro da Bolsa, destacam-se petróleo e gás (66%), elétricas e saneamento (65%) e o setor financeiro (61%). Por outro lado, alimentos e bebidas (7%), varejo (7%) e transportes (3%) aparecem na lanterninha.
O sentimento dos assessores em relação à B3 também está mais otimista, com 81% dos respondentes atribuindo uma nota média de 7,6 para a bolsa brasileira em uma escala de 0 a 10, em comparação com a pontuação de 7,2 registrada em dezembro.
O relatório ainda revela que 42% dos assessores acreditam que a Bolsa encerrará 2024 entre 140 e 150 mil pontos, uma revisão para cima em relação à estimativa de 130 mil pontos no último mês, enquanto o índice encerrou a quinta-feira (18) na faixa dos 129 mil pontos.
FIIs, investimento internacional e criptomoedas ganham destaque
Apesar do aumento do interesse por ações, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) permanecem como a classe preferida dos investidores, com 69% de preferência, seguidos pela renda fixa (63%) e ações da Bolsa (61%).
O relatório também destaca um aumento na procura por investimentos internacionais, com 29% dos investidores demonstrando interesse, em comparação com os 25% registrados no último relatório. As classes de ativos internacionais mais procuradas incluem bonds (49%), BDRs (37%), ETFs (34%), fundos internacionais (32%) e dólar (28%).
Surpreendentemente, as criptomoedas também ganharam espaço no levantamento. Enquanto apenas 3% demonstraram interesse em dezembro, o número saltou para 12% em janeiro deste ano, indicando um crescente interesse por ativos digitais entre os investidores brasileiros.