Os novos diretores do Banco Central, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira, assumiram oficialmente seus cargos nesta terça-feira (2), com um mandato vigente até 31 de dezembro de 2027. A cerimônia de posse foi realizada de forma reservada nas dependências da sede do banco em Brasília.

Paulo Picchetti assumirá a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, enquanto Rodrigo Teixeira ocupará o cargo de diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

Ambos foram anunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em outubro, e tiveram suas nomeações aprovadas pelo plenário do Senado em dezembro do ano passado.

Segundo informações da Fundação Getúlio Vargas, onde leciona, Picchetti possui mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado também em Economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

Por sua vez, Rodrigo Teixeira é funcionário de carreira do Banco Central e ocupou o cargo de vice-secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão da prefeitura de São Paulo durante a gestão de Fernando Haddad. Desde janeiro de 2023, exercia o cargo de secretário-adjunto na Casa Civil.

A diretoria do Banco Central é composta por um presidente e oito diretores, sendo Roberto Campos Neto o atual presidente com mandato até o final de 2024. Desde 2021, quando o Banco Central adquiriu autonomia administrativa por lei, os diretores e o presidente têm mandato fixo com prazo determinado.

O presidente Lula já indicou quatro dos oito diretores do banco, incluindo Picchetti e Teixeira, além de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino. A principal responsabilidade dos diretores do Banco Central é o controle da inflação, seguindo o sistema de metas adotado no Brasil, no qual a instituição deve focar. A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para cumprir esse objetivo.

Durante 2023, o presidente Lula criticou repetidamente a manutenção da taxa Selic em níveis elevados, afetando a atividade econômica. O ciclo de redução dos juros teve início somente em agosto. Atualmente, a taxa Selic está em 11,75% ao ano, com indicações de um novo corte na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para 30 e 31 de janeiro.