A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), representada pela sigla SBSP3, divulgou, nesta segunda-feira (18), que o seu conselho de administração deu o aval para um plano de investimento no valor de R$ 47,4 bilhões, abrangendo o período de 2024 a 2028. O referido pacote de desembolsos engloba o projeto de revitalização do rio Tietê, denominado Integra Tietê.

Do montante total, aproximadamente R$ 33,911 bilhões serão destinados à expansão dos sistemas de água e esgoto nos próximos anos. Outros cerca de R$ 11,267 bilhões serão alocados para aprimoramento de sistemas e renovação de ativos.

A empresa de abastecimento de água e saneamento esclareceu que o valor aprovado não contempla os impactos do processo de privatização da companhia. Esse processo prevê a ampliação da área de concessão e a antecipação das metas de universalização.

Privatização da Sabesp

A Sabesp, já parcialmente privada e com capital aberto em bolsa, está sujeita a uma mudança significativa, com a expectativa de que o governo estadual reduza sua participação de 50,3% para uma faixa entre 15% e 30%. Esta iniciativa visa a uma reestruturação no modelo acionário da empresa.

Os recursos provenientes da venda das ações da Sabesp pelo Estado serão direcionados para o Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo (FAUSP), consolidando a ideia de utilizar os ganhos para promover melhorias na infraestrutura de saneamento no estado.

Um aspecto crucial na proposta de privatização é a manutenção do chamado “subsídio cruzado”. Esse conceito envolve a prática da empresa cobrar tarifas mais elevadas em uma cidade como forma de “compensação” pela operação em municípios menos viáveis economicamente, permitindo assim a manutenção de tarifas mais baixas naquelas regiões. Essa medida busca equilibrar as operações da Sabesp em diferentes localidades.