Copom faz novo corte de juros e Selic atinge 11,75%
Nesta quarta-feira (13), o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou um corte de 0,50 pontos percentuais na Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. A decisão foi tomada após a reunião encerrada nesta tarde e representa uma mudança estratégica para impulsionar a atividade econômica do país. A taxa, já em trajetória de queda, […]

Nesta quarta-feira (13), o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou um corte de 0,50 pontos percentuais na Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. A decisão foi tomada após a reunião encerrada nesta tarde e representa uma mudança estratégica para impulsionar a atividade econômica do país.
A taxa, já em trajetória de queda, foi novamente reduzida, alcançando o nível registrado em março de 2022. Essa medida tem como objetivo impulsionar o consumo, facilitar o acesso ao crédito e, sobretudo, fomentar investimentos produtivos no país. Este movimento está alinhado às expectativas do mercado, que antecipava a continuidade da estratégia de flexibilização da política monetária adotada nas últimas três reuniões.
Consequências do corte na Selic e perspectivas para investimentos
Especialistas preveem que a diminuição da taxa de juros no Brasil terá implicações significativas para diversos setores econômicos. Um dos efeitos imediatos será a redução das taxas bancárias, visto que a tendência é que os cortes nas taxas de juros sejam transferidos para os clientes. Em outubro, observou-se que a média de juros cobrada pelos bancos em transações com pessoas físicas e empresas diminuiu pelo quinto mês consecutivo, atingindo o menor nível desde dezembro do ano passado, conforme dados do Banco Central.
A expectativa é que a economia experimente um crescimento, uma vez que os juros mais baixos podem impulsionar um comportamento mais positivo no consumo da população e estimular investimentos produtivos. Essa dinâmica tende a ter impactos positivos no Produto Interno Bruto (PIB), no emprego e na renda, sendo que os indicadores de atividade econômica têm surpreendido positivamente ao longo do ano.
Além disso, a redução das taxas de juros pode contribuir para a melhoria das contas públicas, uma vez que diminui as despesas com juros da dívida pública. Em 2022, as despesas com juros atingiram o montante de R$ 586 bilhões, representando 5,96% do PIB e alcançando o patamar mais elevado desde 2017. Analistas projetam que a redução dos juros pode resultar em uma economia de R$ 100 bilhões em 2024.
Por outro lado, as aplicações financeiras em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures, podem apresentar um rendimento menor ao longo do tempo devido à queda nas taxas de juros. No entanto, a perspectiva é que os investimentos em renda variável se tornem mais atrativos com a redução da taxa Selic.
Com informações de G1