Vendas do comércio varejista crescem em setembro, aponta IBGE
O comércio varejista no Brasil apresentou um aumento de 0,6% nas vendas durante o mês de setembro, de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8). Isso ocorreu após uma diminuição de 0,1% em agosto. Em comparação com setembro de 2022, o crescimento foi de 3,3%, marcando o […]

O comércio varejista no Brasil apresentou um aumento de 0,6% nas vendas durante o mês de setembro, de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (8). Isso ocorreu após uma diminuição de 0,1% em agosto. Em comparação com setembro de 2022, o crescimento foi de 3,3%, marcando o quarto mês consecutivo de crescimento.
As previsões do consenso Refinitiv, num primeiro momento, sugeriam que as vendas se manteriam estáveis no mês (0,0%), e projetavam um avanço de 2,5% em relação ao ano anterior. O setor varejista acumula um aumento de 1,8% ao longo do ano e 1,7% nos últimos 12 meses. Nesse contexto, o varejo está operando 4,9% acima do nível pré-pandêmico, registrado em fevereiro de 2020, mas ainda 1,5% abaixo do nível mais alto da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
O IBGE relatou que, das oito atividades analisadas no varejo restrito, apenas três apresentaram resultados positivos em setembro: Móveis e Eletrodomésticos (2,1%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%).
O setor de hiper e supermercados teve o maior impacto positivo no resultado do varejo em setembro e está 9,1% acima do patamar pré-pandêmico. Cristiano Santos, gerente da pesquisa, explicou que a escolha de compras essenciais pelas famílias impulsionou esse setor, devido ao aumento da população empregada e da renda disponível para gastos, concentrando-se principalmente em compras de hiper e supermercados.
Em relação à passagem de agosto para setembro, o setor de hiper e supermercados representou cerca de 56% do total das vendas no varejo.
Por outro lado, cinco atividades tiveram variações negativas em setembro: Combustíveis e lubrificantes (-1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%).
O setor de combustíveis e lubrificantes, que tem o segundo maior peso no varejo, apresentou uma queda após dois meses consecutivos de crescimento. De acordo com o pesquisador, houve um aumento na receita dos postos de gasolina, mas não o suficiente para compensar a inflação.
No varejo ampliado, o setor de Veículo e motos, partes e peças teve uma queda de 0,9%, e o de Material de construção caiu 2,0%.
Resultados do comércio varejista por estados
O mês de setembro revelou resultados mistos em todo o Brasil, com crescimento em 13 das 27 unidades da Federação em comparação a agosto. Entre os destaques positivos, observamos aumentos expressivos no Rio de Janeiro (3,1%), Ceará (2,9%) e Mato Grosso (2,0%).
Por outro lado, outros 13 estados apresentaram números negativos, com Roraima (-2,7%), Rio Grande do Sul (-2,8%) e Espírito Santo (-2,6%) liderando as quedas. Tocantins manteve-se estável (0,0%) nessa comparação.
Quando analisamos o varejo ampliado, que inclui um espectro mais amplo de produtos, a variação foi de +0,2% em relação a agosto, com 17 unidades da federação experimentando variações negativas. Os estados que mais sofreram quedas foram Rio Grande do Sul (-4,6%), Mato Grosso do Sul (-2,4%) e Roraima (-2,3%).
No lado positivo, as maiores variações percentuais foram registradas no Rio de Janeiro (2,5%), Maranhão (2,2%) e Ceará (2,1%). Tocantins e São Paulo mantiveram-se estáveis, com variação de 0,0%.