Itaú, BTG Pactual e Santander reforçam equipes para o lançamento do Drex
Alguns dos principais bancos do Brasil estão empenhados em apoiar o Banco Central na preparação para o lançamento do Drex, a tão aguardada versão digital do real. Itaú Unibanco, BTG Pactual e Santander Brasil estão intensificando seus esforços para garantir que a transição para a moeda digital oficial do país seja suave e bem-sucedida. Uma […]

Alguns dos principais bancos do Brasil estão empenhados em apoiar o Banco Central na preparação para o lançamento do Drex, a tão aguardada versão digital do real. Itaú Unibanco, BTG Pactual e Santander Brasil estão intensificando seus esforços para garantir que a transição para a moeda digital oficial do país seja suave e bem-sucedida.
Uma das características marcantes desse projeto é a utilização da tecnologia blockchain, que irá desempenhar um papel fundamental no funcionamento da nova moeda. Os bancos destacam que a plataforma de blockchain associada ao Drex tem o potencial de revolucionar o mercado de ativos digitais.
Diferentemente de seus pares em outros países, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é um fervoroso defensor da tecnologia de blockchain desde que assumiu o cargo em 2019. Ele acredita que essa tecnologia é benéfica para o sistema financeiro e que veio para ficar.
A plataforma Drex, desenvolvida e regulamentada pelo Banco Central, adotará a tecnologia de ledger distribuído para permitir a representação digital de instrumentos financeiros, como ações e títulos. Isso possibilitará a transferência de ativos por meio de transações digitais, facilitando a liquidação eficiente dos ativos.
Digitalização como Nova Fonte de Receita
Os bancos veem o movimento do Banco Central em direção à digitalização como uma oportunidade para diversificar suas fontes de receita. Instituições como o Itaú já estão se preparando para oferecer serviços de custódia de ativos digitais a seus clientes, reconhecendo a crescente demanda por ativos digitais no mercado.
Enquanto países como Singapura, Estados Unidos e a União Europeia buscam regulamentações mais rigorosas para ativos tokenizados, o Brasil optou por uma abordagem mais flexível. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) agora permite que fundos multimercado aloquem até 10% de seus recursos em moedas digitais, o que facilita o investimento em criptomoedas.
Os principais bancos, incluindo o Itaú, BTG Pactual e Santander Brasil, estão ampliando suas equipes de ativos digitais e tecnologia blockchain para estarem bem preparados para o lançamento do Drex. Isso reflete a percepção de que a digitalização é uma tendência irreversível no setor financeiro.
Lançamento do Drex previsto para 2024
O Drex está programado para ser lançado em 2024, com um programa piloto previsto para ser concluído em maio. O Banco Central planeja testar a moeda digital com a população até o final de 2024, antevendo um impacto substancial nas operações bancárias e novos produtos.
O Brasil se destaca por sua alta taxa de adoção de criptomoedas, com um aumento notável no número de pessoas envolvidas nesse mercado nos últimos anos. Os bancos estão otimistas em relação ao potencial do Drex e se comprometem a apoiar a agenda de inovação do Banco Central.