O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou um aumento de 0,52% no mês de outubro, em comparação com a taxa de 0,18% observada em setembro, de acordo com informações divulgadas hoje pela Fundação Getúlio Vargas. O índice acumula, até o momento, uma variação de -4,65% no ano e de -4,88% nos últimos 12 meses. Em contraste, no mesmo período de 2022, o índice havia experimentado uma queda de 1% no mês, mas acumulava um crescimento de 7,44% em 12 meses.

André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, destacou que a principal contribuição para o índice ao produtor em outubro veio do aumento significativo no preço do minério de ferro, que cresceu 7,31%. Essa elevação foi atribuída à política de apoio econômico adotada pela China, o maior consumidor mundial desse produto.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) aumentou 0,61% em outubro, em comparação com o aumento de 0,23% registrado no mês anterior. Dentro dos estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de -0,14% em setembro para -0,04% em outubro.

A principal contribuição para esse resultado veio do subgrupo de alimentos processados, cuja taxa variou de -1,29% para 0,66%. O índice relativo a Bens Finais (excluindo alimentos in natura e combustíveis para consumo) aumentou 0,36% em outubro, enquanto no mês anterior, havia caído 0,51%.

O grupo Bens Intermediários registrou uma redução na taxa, passando de 1,14% em setembro para 0,99% em outubro. Esse movimento foi impulsionado, principalmente, pela queda na taxa do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, que caiu de 15,34% para 4,32%.

O índice de Bens Intermediários (excluindo combustíveis e lubrificantes para a produção) variou 0,37% em outubro, em contraste com a queda de 1,11% no mês anterior.

O grupo de Matérias-Primas Brutas apresentou um aumento significativo, passando de -0,44% em setembro para 0,84% em outubro. Os principais contribuintes para esse aumento foram o minério de ferro (2,81% para 7,31%), bovinos (-8,91% para -0,16%) e cana-de-açúcar (0,11% para 2,48%). Em sentido oposto, ocorreram quedas notáveis nos itens como soja em grão (3,16% para -1,20%), mandioca/aipim (1,52% para -5,38%) e leite in natura (-5,67% para -6,52%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou um aumento de 0,25% em outubro, em comparação com a variação de 0,02% no mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do índice tiveram aumento em suas taxas de variação. Os destaques foram Educação, Leitura e Recreação (de -1,32% para 2,10%), Vestuário (de -0,36% para 0,04%), Despesas Diversas (de -0,27% para 0,00%), Alimentação (de -0,69% para -0,61%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,01% para 0,02%) e Comunicação (de 0,08% para 0,09%).

As maiores contribuições para esse movimento vieram de itens como passagem aérea (de -9,14% para 13,96%), roupas (de -0,42% para -0,06%), serviços bancários (de -0,42% para 0,12%), aves e ovos (de -1,37% para -0,09%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,91% para -0,77%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,01% para 0,26%). Por outro lado, os grupos de Transportes (de 1,19% para 0,44%) e Habitação (de 0,42% para 0,39%) tiveram redução em suas taxas de variação. Nesses grupos, as maiores influências vieram de itens como gasolina (de 3,42% para 0,89%) e tarifa de eletricidade residencial (de 1,84% para 0,28%).

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou um aumento de 0,36% em outubro, em comparação com a variação de 0,18% em setembro. Os três grupos componentes do INCC apresentaram as seguintes variações na transição de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (de -0,07% para 0,25%), Serviços (de 0,28% para 0,88%) e Mão de Obra (de 0,49% para 0,43%).