Queda no Índice Geral de Preços (IGP-M) continua em agosto, com deflação de 0,14%
Em agosto, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou mais um mês de diminuição, com uma taxa de deflação de 0,14% em relação a julho. A informação foi compartilhada nesta quarta-feira (30) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com esse último resultado, o índice acumulou uma redução de 5,28% durante o ano e uma […]

Em agosto, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou mais um mês de diminuição, com uma taxa de deflação de 0,14% em relação a julho. A informação foi compartilhada nesta quarta-feira (30) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com esse último resultado, o índice acumulou uma redução de 5,28% durante o ano e uma queda de 7,20% ao longo dos últimos 12 meses. É notável que o IGP-M continuou a reduzir sua queda, depois de mostrar uma deflação de 1,93% em junho e de 0,72% em julho.
Os analistas previam um retorno do índice ao território positivo, com uma alta de 0,15% em comparação, mas o IGP-M agora registrou sua quinta queda consecutiva. No mesmo mês do ano passado, agosto de 2022, o índice havia caído 0,70%, mas apresentava um aumento acumulado de 8,59% em 12 meses.
André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, explicou que tanto os produtos agropecuários quanto os industriais contribuíram para a menor intensidade da queda nos preços ao produtor neste mês. Os produtos agropecuários saíram de uma queda de -1,87% para um aumento de 0,02%, enquanto os produtos industriais caíram 0,24%, em comparação com uma queda de -0,75% no mês anterior.
Na área agrícola, a maior influência veio da soja, que passou de um aumento de 0,03% para 5,63%, e na área industrial, o óleo diesel foi o destaque, passando de uma estabilidade de 0,00% para 4,15%.
“A taxa do INCC também acelerou, sendo outro fator importante que contribuiu para a queda menos acentuada do IGP-M, sendo a mão-de-obra a principal responsável por essa aceleração”, afirmou André Braz em uma declaração oficial.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou uma queda de 0,17% em agosto, indicando uma desaceleração em comparação com a queda de 1,05% observada em julho. Quando analisamos os estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais teve uma redução de 0,69% em agosto, enquanto no mês anterior essa taxa tinha diminuído em 1,06%.
O principal fator que contribuiu para esse resultado foi o subgrupo de combustíveis para consumo, que teve sua taxa passando de -7,71% para -0,95% no mesmo período. Excluindo os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, o índice relativo a Bens Finais (ex) caiu 0,29% em agosto, após uma queda de 0,47% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários também registrou uma nova queda, porém com menor intensidade, passando de -1,19% em julho para -0,22% em agosto. O principal motivo por trás desse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para produção, que teve sua taxa passando de -1,13% para 3,45%.
Excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para produção, o índice de Bens Intermediários (ex) apresentou uma queda de 0,79% em agosto, comparado a uma queda de 1,20% em julho.
No estágio das Matérias-Primas Brutas, houve uma variação positiva de 0,42% em agosto, depois de ter registrado uma queda de 0,90% em julho. Essa mudança foi impulsionada pelos itens como soja em grão (0,03% para 5,63%), café em grão (-13,63% para -3,22%) e milho em grão (-4,95% para -0,46%).
Por outro lado, os itens que se destacaram com variações negativas foram o minério de ferro (2,96% para -0,08%), bovinos (-0,03% para -1,59%) e suínos (3,46% para 0,91%).
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
No mês de agosto, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma queda de 0,19%, comparado com a deflação de 0,11% em julho. Entre as oito categorias de despesas que compõem o índice, seis delas apresentaram diminuição em suas taxas de variação.
O principal fator para essa queda foi o grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação passou de +1,15% para -1,19%. Esse resultado foi influenciado principalmente pelo comportamento das passagens aéreas, que tiveram uma redução de preço de -8,72%, em contraste com o aumento de +5,88% no mês anterior.
Outros grupos que também apresentaram diminuição em suas taxas de variação foram Alimentação (-0,15% para -0,93%), Transportes (0,70% para 0,14%), Despesas Diversas (0,50% para 0,00%), Vestuário (0,00% para -0,31%) e Comunicação (0,10% para 0,03%).
Nesses grupos de despesas, os destaques foram itens como hortaliças e legumes (que passaram de 2,52% para -7,23%), gasolina (de 3,65% para 0,64%), serviços bancários (de 0,63% para -0,05%), roupas (de -0,02% para -0,43%) e mensalidade de TV por assinatura (de 0,42% para 0,07%).
Em contrapartida, os grupos Habitação (-0,61% para 0,10%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para 0,55%) apresentaram aumento em suas taxas de variação. Esses grupos foram influenciados, respectivamente, pela tarifa de eletricidade residencial (que foi de -2,83% para 0,82%) e pelos artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,68% para 1,03%).
INCC
Em agosto, houve um aumento de 0,24% no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), em comparação com o aumento de 0,06% observado em julho. Entre os três componentes do INCC, as variações de julho para agosto foram as seguintes: Materiais e Equipamentos tiveram uma diminuição de -0,26% para -0,11%, Serviços reduziram de 0,77% para 0,22%, e Mão de Obra aumentou de 0,38% para 0,71%.
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